sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Em 2011...


... all you need is LOVE!

http://www.youtube.com/watch?v=-5DYqs8Cjgo

É, isso mesmo.
Não estou louca, surtada (sempre fui).
Não bati a cabeça, tão pouco estou bêbada (apesar de ter acabado de tomar uma Ice.
Mas eu precisava vir aqui, para deixar esta mensagem a quem for ler o blog, com os meus sinceros e cordiais desejos para 2011.
Eu falei, em um post passado, inclusive que foi publicado na Liberal, que não ia fazer retrospectiva alguma de 2010, que não ia fazer pedidos para 2011 e que ia de uma vez,
deixar rolar de vez.
E é isso que eu realmente vou fazer, deixar rolar, me desprender e abstrair de vez.
Cada ano que passa eu percebo que eu mudo alguma coisa e coisas que eu sempre desejei mudar, parecem que só agora realmente deixarão de ser anseios para se tornarem realidade.
E não por que agora eu resolvi tomar peito e seguir em frente com os propósitos, pois continuo afirmando que não me programei para nada em 2011, mas simplesmente eu sinto que elas acontecerão porque chegou o tempo delas.
Clichê isso, o tempo é o senhor do destino, o tempo sabe o tempo certo de acontecer, mas eu acredito que não seja somente o tempo, mas o tempo aliado com MUITO AMOR.
E quando eu falo em amor, não queriam achar, que eu estou apaixonada por algum novo par de olhos verdes ou castanhos ou azuis sei lá, mas falo em estar enamorada, pois amor é mais do que paixão, pelo viver, pelas conquistas, por mim mesma.
Muitas vezes, eu olhava no reflexo do vidro e lia o que havia tatuado em minhas costas: "Omnia Vincit Amor" e sentia até um remorso daquilo estar cravado na minha pele.
Pensava, por que é que eu havia feito aquilo, se na época, eu nem amava ou era apaixonada por alguém.
Tudo demora, mas encontra o sentido, encontra o tempo certo das respostas.
É o amor.
Amor naquilo que se faz, amor nas palavras, nas atitudes, no dia a dia.
Amor com o pai, com a mãe, irmãos, colegas, amigos e com aqueles que tu não simpatizas.
Sorrir, deixar entrar a felicidade nas suas entranhas e respirar pleno e aliviado.
Não pensem amigos, que estou delirando, principalmente aqueles que eu fui um tanto exagerado ríspida, cruel e ranzinza, mas hoje pensando bem, no que eu desejaria para mim em 2010, pensei que a única coisa que eu queria era ser mais FELIZ e para ser feliz é preciso estar em paz e com a alma repleta de amor.
Mais uma vez, mareja-me os olhos de lágrimas, pois como disse Caetano, cada um sabe a dor e a alegria de ser o que é, e quando se olha (nem que seja rapidinho), lá pra trás, todo mundo enfim deseja algo e eu desejo ser MAIS feliz, ter mais AMOR e espalhar mais amor por onde passo.
Ontem, assistindo o filme O Amor Acontece, das inúmeras frases as quais anotei daquele longa metragem, a mais tocante foi: "Ninguém anda pra frente com os olhos travados no retrovisor", no retrovisor vendo o passado e vendo o quanto se errou e o quanto não vivia feliz.
Senti saudade de mim, da minha alegria, do meu jeito de criança, da minha espontaniedade, dos sonhos que eu pertimia-me sonhar.
Senti saudade do meu esbanjar felicidade, da minha sempre confiança nas pessoas, no amar e doar-se sem 0lhar a quem. As horas nos machucam, os dias passam e marcam nos anos, tanta dor, arrependimento e sofrimento.
Passamos a conviver com o rancor, com a mágoa, com a autocondenação e com a tristeza. Passa o tempo, aí quando damos: - Graças a Deus!", que um ano terminou, percebemos que enfim ele passou, mas que muito do nossos lamentos são fruto, da nossa infelicidade, da nossa amargura que impedem que alegria nos proporcionem um novo olhar sobre os percalços.
Fazer só o que tiver vontade, quando tiver vontade, com quem vale a pena.
Aproveitar os bons momentos, pois os poucos momentos felizes são os que marcam, de tão raros que foram.
Deixar pra trás mágoas, rancores.
Seguir em frente.
Ser feliz.
Com muito amor.
Pra mim.
Pra toda a minha família.
Pra todos meus amigos.
Pra todos aqueles que não vão com a minha cara.
Viver.
Aproveitar cada momento, como mais uma vez me mandaram.
É acho que dessa vez eu aprendi, enfim.

All you need is love, como diziam os Beatles.
FELIZ 2011, com MUIIIIITO AMOR!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Nem pra trás e nem pra frente...



... acabou e vai começar, bem diferente.

Se vocês estão pensando que a última voo livre de 2010, vai fazer aquela reflexão sobre o ano que passou e, ainda sobre o que estará por vir em 2011; há, pois bem, vocês estão certos. Mas, porém, contudo, todavia e, entretanto, este ano vamos fazer as coisas bem diferentes.
Muitas vezes querendo fugir daquela linhagem de pensamento de olhar para trás, ver o que passou e analisar o que foi feito, agradecer o que foi bom e o que deu certo, ponderar o que foi ruim e o que deu de errado; verificar o que ficou pra trás, não feito, inacabado e muitas vezes abandonado; mas nem sempre conseguindo fugir, era assim que fazia as minhas análises do ano que se passava, tentava eu, fazer e conduzir o vosso pensamento a uma profunda viagem pelo ano que se acabava para perceber tudo o que havia passado.
Pois bem e assim, lá no começo do ano, a primeira voo trazia a famosa “listinha de ano novo”, com aquilo que se prometia fazer, prometia mudar; as superstições, simpatias e rituais para chamar os bons ventos e vibrações. Sinto informá-los que isso não vai acontecer.
Resolvi, este ano, não mais olhar tanto para trás e ver o que deu certo e o que deu errado. Resolvi, este ano, não pensar e querer mecanizar tudo que vai acontecer no meu ano novo. Resolvi, este ano e para o ano que vem, mudar mais um pouquinho, (mesmo porque ano novo pede coisas novas), mas trazer mudanças que me permitam, não mais perder tempo, forças, lágrimas e dúvidas olhando para trás ou demais para frente. Resolvi, mudar os tempos verbais que norteiam minha vida, abandonar o pretérito imperfeito e o futuro do pretérito, para conjugar somente o presente.
É caríssimos, diante da enxurrada de coisas e compromissos que temos a cumprir, fazemos nossos planos anuais, mensais, semanais e até mesmo diários, em um pretérito mais que perfeito, esperando que sejam concretizados em um futuro do presente, porém, quando as adversidades, os contratempos, os imprevistos acontecem, não temos em nosso presente um plano B, que consiga nos amparar diante do não planejado. Resumindo: preparamo-nos no passado e para o futuro e não sabermos viver o presente.
Como arquitetos da nossa vida, projetamos o que queremos e vivemos olhando para frente e, quando tudo passa, chega o momento que só olhamos para trás e este olhar para trás é tão doloroso, pois ninguém comemora o que já passou; desta forma, senhores, só lembramos do que não deu certo, do que passou batido, do que não se concretizou, aí eu lhes pergunto, que tipo de vida que vivemos?
Refletindo sobre isto, cheguei a conclusão que, há momentos, que não devemos refletir muito, o negócio mesmo é viver, lidar com as adversidades, com os imprevistos e seguir, vencendo dia após dia, no presente, aquilo que se tem pra viver.
Ás vezes, deixamos de fazer coisas, dizer coisas, aproveitar momentos em função de um passado esquecido ou de um futuro que nem sabemos se chegará acontecer, e assim, os anos se passam e as marcas da idade, (não no rosto, mas na alma), nos permitem perceber que muito se perdeu, muito de alegria, muito de felicidade, muito de tempo, muito de vida. Como diz John Lennon, “a vida é aquilo que acontece enquanto a gente faz planos”, e eu acrescento ainda mais enquanto fizemos planos para o futuro e enquanto analisamos o que se perdeu no passado.
Por isso, caros amigos e companheiros de reflexões semanais, desejo a vocês um Feliz Natal, aproveitando o sabor do chester, do gostinho do chocotone. Desejo a vocês um ótimo 2011, degustando o sabor do frizante na virada do ano, o amargo dos dissabores dos desafios diários, o doce das alegrias vividas, mas todos em seu tempo presente.
Desejo que todos consigam, neste 2011, esperar o dia da formatura, o dia do aniversário ou algum outro dia especial, mas sem jamais esquecer de que nada vale este dia especial, de uma grande conquista, sem todos os dias que se viveram para que se conquistasse esta importante vitória. Desejo, bem diferente, que não vivam nem pra trás e nem pra frente, que vivam o momento, que desfrutem do presente que é o presente que a vida lhes proporciona, pois, como todo mundo sabe, ele não volte e o futuro, talvez nem chegue.

Publicada no Jornal Liberal em 2010.

A arte de importar-se...



... e não importar-se.

Engraçado, esta semana estava relendo alguns escritos meus, e deparei-me com um uma citação que fiz de Shakespeare que dizia assim: “... não importa o quanto você se importa, os outros simplesmente não se importam”. Eu, que sempre gostei desta citação e que sempre a usava com o objetivo de ressaltar a importância de se importar com as coisas, na semana que passou, encantei-me por ela, justamente interpretando-a de maneira totalmente contrária: a de não se importar.
É, às vezes, isso acontece com a gente, de repente e de súbito, parece que as coisas, os acontecimentos, as passagens de nossa vida, viram do avesso e fazem com que a gente veja um lado que antes era obscuro e que por momento poderia até ter parecido errôneo. E confesso-vos, que nesta passagem, minha reflexão foi totalmente oportuna, além de trazer grande aprendizado.
Por momentos da vida da gente, nos sentimos tão responsáveis por tudo ao nosso redor, que nos preocupamos tanto com as coisas, que o que para nós parecia normal, aos ouvidos dos outros, soa como um exagero. Queremos tanto fazer as coisas acontecerem e darem resultado, que aos outros parece exibicionismo, marketing ou mesmo algo falso. Desejamos tanto que as coisas deem certo, que o nosso medir esforços para o êxito causa revolta, intrigas e desavenças.
E sabe por que isso acontece? Acredito que justamente pelo significado da citação que trouxe no primeiro parágrafo, por importarmos, outros, ao contrário não se importam nem um pouco e desta forma, tem outra interpretação de ações e gestos. Naturalmente por não se importar, seu pensamento conduz a uma opinião tão crítica que julga a preocupação dos outros com a força contrária de seu pensamento, pois tais ações não correspondem a seu padrão de comportamento.
Tudo que é diferente a mim ou a minha natureza causa estranhamento, questionamentos, dúvidas e é preciso coragem, seja para aqueles que se importam ou mesmo para aqueles inertes. O fato é que tanto para se importar ou não se importar é preciso ser forte e centrado o suficiente a fim de não se abalar com quaisquer que sejam tomadas de decisões dos outros e de si mesmo e com qualquer mudança de si mesmo e dos outros.
Como? Bem talvez, mais difícil que agir, seria eu tentar traduzir meu pensar diante dos acontecimentos que percebo ao meu redor, no que acontece em minha vida e na vida de quem me rodeia, a questão é que é preciso coragem para se importar, caráter para não se importar e maturidade para entender que o importar e o não se importar às vezes, concomitantemente, são extremamente necessários em nossos dias.
Vejamos o Seu João da Silva, ele que era um cara que sempre se importava com o bem estar das pessoas ao seu redor, dos moradores de seu bairro, com os passos de sua família; sofria diversas críticas de seus vizinhos e daqueles que se diziam amigos. E importava-se tanto com isso, que acabou por não se importar mais. Com um tanto de coragem, deixou de importar-se com os demais e passou a importar-se somente com ele mesmo, com seu bem estar e daqueles que percebiam que o seu importar-se era verdadeiro.
O não importar-se do Seu João atingiu muitas pessoas ao seu redor, pois o sua atitude de não importar-se com os outros, fez com que o importar-se com ele aumentasse. Assim, ele já não mais se preocupava com as críticas dos outros, por saber bem que o seu importar era positivo para os seus e o não importar atingia os outros, nesse misto de importar e não importar aprendeu a dar valor ao que ele pensava e fazia e não os que os outros que não se importavam refletiam e deixavam de fazer.
Assim como eu, Seu João Soares mudou e viu que o não se importar é importante e que cria melhorias não para si próprio, mas para todos ao seu redor.

Publicada no Jornal Liberal em 2010.

Oportunidade: é mais fácil pular...



... do que correr atrás do cavalo!

Quem é que já não ouviu aquela que o trem passa uma só vez na vida e você tem que saltar pra dentro dele? Ou a do cavalo, que este, só passa encilhado igualmente uma única vez e é mais fácil pular dele do que correr atrás depois? Ambos os ditos populares falam sobre as oportunidades que aparecem em nossas vidas e da forma que devemos reagir diante delas, aproveitando-as sempre.
Porém, falar em oportunidade é sempre complicado, pois acredito que elas não apareçam simplesmente e como um passe de mágica na sua frente; oportunidade é uma chance de concretizar algo no qual você já tenha trabalhado um bocado de tempo.
Segundo definições literárias, oportunidade é um conjunto de eventos ou circunstâncias que nos dão a possibilidade de fazer mudanças positivas. Interessante destacar nessa frase o: nos dão, porque quaisquer das oportunidades que aparecem diante de nossas vidas, são fruto exclusivo de nosso trabalho e de nossas atitudes e da maneira que nos comportamos diante das situações e eventos.
Entretanto, muitos afirmam que nunca tiveram uma oportunidade na vida, assim atribuem a falta de sorte, de realização, de sucesso, porque não dizer as oportunidades que não apareceram diante dos seus olhos. Será mesmo?
De acordo com registros históricos a palavra oportunidade surgiu no período das grandes navegações, por volta do século XVI. Naqueles tempos, as caravelas não possuíam motor, ou mecanismos propulsores e para poderem adentrar os mares bravios era preciso que um vento forte surgisse do continente. Para aproveitar o esperado vento, no entanto, era preciso que os marinheiros estivessem preparados para içar as velas assim que o vento mudasse de direção. Adivinha como era o nome do tal vento? Oportunidade. Assim surgiu o comentário do historiador Thomas Fuller que dizia: “quando o vento soprar, você deve içar a sua vela”.
É conveniente ressaltar, no entanto, que não basta somente estar preparado para içar a vela, saltar no trem ou montar o cavalo encilhado, é preciso que consigamos sentir o vento, ouvir o barulho do trem e o trote do cavalo e para isto é preciso de iniciativa para que isto seja percebido e discernimento para perceber que aquele é o vento certo, o trem que levará ao destino correto ou o cavalo que cavalgará rumo ao sucesso.
Débora Didone, para a Revista Vida Simples de Novembro, trouxe a história do escritor catarinense Cristovão Tezza, que uma vez adiou o projeto de um livro sobre a crise, em função de que se tornara pai de um menino com síndrome de Down. Passado um tempo, o escritor publicou o livro em 2007 e conquistou nada mais nada menos que sete prêmios literários, o que o tornou um escritor mais reconhecido e que propiciou a ele a conquista de poder largar a universidade para se dedicar apenas a literatura. Tezza, publicaria um livro com um tema com muitas chances de cair na pieguice, porém ele decidiu atender seus anseios, esperou o vento certo e obteve grandes conquistas. Seu combustível foi a iniciativa.
Tezza trabalhou e esperou o cavalo, porém lhe ocorrera alguns acontecimentos que o impediram de, naquele momento, montar no cavalo. Certamente, aquele não era o que levaria ao sucesso, entretanto havia demais situações que o impediam de agir.
O medo do livro não ser aceito, das críticas, da não venda: o medo do fracasso. Quantas vezes nós desistimos de algo por não nos parecer seguro o suficiente? Por quantas vezes desistimos de tentar por receio de não sermos bons o suficiente, ou de não sermos aceitos com nossas facetas e ideias? Tentar, ir a fundo, buscar, ter iniciativa e assim agarrar a oportunidade. Só você pode estabelecer relações com suas ideias e delas concretizar seus objetivos.
Conforme a psicóloga Regina Nanô, enquanto um bebê mais atirado engatinha e conhece através de experiências o novo parquinho, o introvertido observa tudo antes de fazer qualquer coisa, logo a extroversão é uma característica forte quando se fala em iniciativa, pois conforme o individuo cresce, ele estabelece mais relações com amigos, colegas e de tal maneira tem mais experiências que definem nossas reações diante dos acontecimentos e de como agimos com as oportunidades.
A existência é um contrato de risco. Aristóteles afirmava que todo homem tem uma finalidade e esta estaria no próprio ato de ir buscá-la. Somos uma consequência de como agimos. Se reconhecermos nossas qualidades, trabalharmos para aperfeiçoá-las, tivermos iniciativa diante dos acontecimentos, sem medo do agir e o receio do fracasso, certamente saberemos que aquele é o vento certo, o trem certo e o cavalo certo e, assim embarcaremos confiantes, rumo ao sucesso que nos espera. Resta-nos mantermos preparados para tudo, pois, como diz minha mãe, é mais fácil pular o cavalo do que correr atrás dele.

Publicada no Jornal Liberal em 2010.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Sob a luz da lua...

Essa noite eu perdi o sono, e perdi o sono não porque havia dormido demais, ou algo do gênero. Do nada, eu perdi o sono e ao me virar pela cama, eu não consegui descansar e voltar a dormir.
Levantei e sentei-me lá fora, para olhar para um céu sem estrelas e somente com uma meia lua estampada. Ao olhar para aquele céu, e especialmente para aquela lua, lembrei-me daquelas vezes que ao recolher a roupa para minha mãe, quando era menor, eu fazia pedido as estrelas.
Aquele céu do passado, parecia tão mais brilhante, aquela lua parecia tão mais charmosa e as estrelas então! Aquelas cintilavam no céu como as idéias e os sonhos reluziam em minha mente.
O tempo passou e a lua pareceu ter perdido o brilho e as estrelas parecem ter sumido do céu.
O tempo passou e parece que os sonhos, como as estrelas foram levados da minha vida.
O tempo passou e a lua que parecia tão acalentadora e romântica, adquiriu um fosco natural e uma frieza nada característica. Aí, eu me pergunto... Quem roubou o brilho da minha lua e levou as estrelas do meu céu?
Talvez, não tenha sido somente uma única pessoa, e sim um conjunto delas, as quais foram apagando o brilho e roubando estrelas. Porém, talvez, uma pessoa tenha sido responsável por apagar a luz e a magia do meu céu com maior intensidade.
Alguém, que ao mesmo tempo me trouxe os melhores sonhos do mundo e os levou consigo, sem dizer uma única palavra.
Alguém, que me fez ser quem eu não queria ser, mas que me fez melhor.
Alguém, que me fez entender que aquele amor cego, voraz, arrebatador que faz perder o sentido existe.
Alguém, que me proporcionou sentir o prazer do voar e me cortou as asas sem razão.
Hoje, vivo num mundo com uma lua fosca e um céu sem estrelas. Assim como desejo ardentemente ver a lua brilhar e as estrelas cintilarem, tenho um medo terrível de ver isso acontecer de novo.
Eu queria perder o prumo, viver debaixo de um céu de realidades estrelado e acreditando que a lua nunca deixou de ser romântica e de realizar desejos. Mas eu tenho medo.
Devolva-me os sentidos que você levou consigo e não me deu satisfação, ou volte pra minha vida. Não precisa se justificar, mas devolva o que é meu e se afaste de mim, porque eu preciso da luz da lua pra viver e o piscar das estrelas para respirar.

Resgasta em cadernos e memórias de 2010.