quinta-feira, 27 de março de 2008

O que andas sonhando?


Há quem diga que os sonhos são o retrato do mais íntimo e puro desejo. Acredito que um dos grandes mistérios ocultos da vida, estão ocultos em nos sonhos, pois embora estejamos dormindo e, teoricamente descansando, o nosso cérebro continua em intensa atividade: dormindo mas ainda pensando, imaginando e racionalizando! Por se tratar de uma continua atividade do cérebro, algumas pessoas acreditam que os sonhos e fantasias são território proibido para estranhos. Mas, o sonho nada mais é que uma experiência consciente enquanto dormimos. Os sonhos podem acontecer em qualquer fase do sono, porém são mais freqüentes em uma fase especial, denominada sono-REM, o que acontece, para quem mantém uma regularidade na hora de dormir, na segunda metade da madrugada. Sonhamos todas as noites, cerca de quatro a cinco episódios de 20 a 30 minutos, o que significa que durante a 7 a 8 horas de sono diárias, sonhamos cerca de 100 minutos diários e não somente aqueles poucos minutos que lembramos.

Um dos primeiros a estudar sobre os sonhos foi Aristóteles, que declarou através de estudos que os movimentos dos olhos, dos lábios e da face, assim como dos membros superiores e inferiores, refletiam o conteúdo dos sonhos, opinião hoje inteiramente confirmada. Posteriormente, Calkins criou a técnica de despertar as pessoas quando se iniciavam os movimentos e assim descobriu que o conteúdo dos sonhos se vinculava estreitamente (em 89% dos casos) aos acontecimentos do dia anterior. Entretanto, há quem busque nos sonhos a reprodução de acontecimentos inteiros do período vígil. Mas como isso não ocorre nunca, uma nova proposição afirmou que os sonhos não se baseiam em acontecimentos do dia anterior ou de dias pregressos próximos. Na verdade, as vezes uma pessoa que vemos de relance ou da qual nos lembramos durante alguns segundos pode constituir o cerne de todo um sonho na noite seguinte. Qualquer pequeno sinal, palavra, cena, foto pode ser tema principal de todo um sonho e este, pode mesclar-se com muitos outros e desencadear um sonho com acontecimentos interligados.

As observações dos sonhos levaram a estudos onde o que se produziu foram informações de alto valor científico, onde o registro de potenciais elétricos do sistema nervoso central levou a um amplo conhecimento sobre as manifestações e razoável conhecimento dos mecanismos e origens dos sonhos. A sua matéria prima é a informação armazenada no sistema nervoso. Em uma organização dos processos, primeiramente as informações memorizadas no sistema nervoso são liberadas dos arquivos da memória, logo, informações memorizadas de longa data podem também servir de tema para um sonho, mas são, sobretudo as memorizadas recentemente que originam os sonhos. Assim, as informações resultantes, saem da memória sob a forma de potenciais elétricos e são analisadas a fim de serem decodificadas, após isso os impulsos são organizados sob a forma de uma configuração elétrica bem definida e só então o sistema nervoso pode identificar o significado dessa configuração específica e o faz pelo ‘processo consciente’, onde o seu resultado é o ‘sonho propriamente dito. E como qualquer informação consciente, o sonho sempre gera um comportamento que, nesse chama-se de ‘comportamento onírico’.

Formado a partir de uma informação recente ou não, ainda não se sabe a função dos sonhos. Alguns acreditam que eles não tenham função alguma, mas a maioria dos estudiosos acredita que sim. Parece improvável que um fenômeno tão complexo não tenha uma lógica a ser entendida, para tanto existem várias teorias a respeito. A psicanalítica, diz que uma das funções dos sonhos é repressiva, enquanto outra atribui aos sonhos a função de apagar da memória alguns eventos memorizados durante o dia, a fim de proteger o sistema nervoso. Uma nova teoria, defendida recentemente propõe que os sonhos sejam “o guardião e programador da parte hereditária de nossa personalidade”, ao passo que outra sugere que a função dos sonhos é simular eventos ameaçadores, a fim de ensaiarmos a percepção das ameaças quando despertos e treinar-nos para evitá-las, se mostram uma estratégia individual para sobrevivência. Uma linha com experimentos científicos traz que: admite que durante o sono dessincronizado ocorre a consolidação do que se aprende durante o dia.
Embora muito tenha sido estudado sobre as suas manifestações eletrofisiológicas, motoras e vegetativas e seus circuitos neurais geradores não há ainda uma teoria satisfatória para explicar as funções e, portanto, o significado da atividade onírica. O que se sabe, no entanto, que mesmo dormindo estamos conscientes e por isso, prestar atenção nos sonhos, pode revelar muito sobre o que pensamos e como agimos. Ficar de olho aberto no que sonhamos pode ser além de fonte de curiosidade, uma grande fonte de autoconhecimento!

segunda-feira, 24 de março de 2008

O ponto



Num piscar de olhos o tempo voou e estamos celebrando mais uma Páscoa. Durante esse espaço de poucos meses já decorridos de 2008, na exaltação da vitória da vida sobre a morte, vemos seu sentido presente no dia-a-dia das pessoas, mas a pergunta é: Ele é verdadeiramente vivido?

Não precisa ser um católico apostólico romano praticante ou mesmo um freqüentador assíduo de qualquer outra religião para saber, que é a Páscoa é a maior das comemorações da Igreja. Através dela lembramos mais uma vez que Cristo ouvindo os apelos de seu Pai, dá a vida por seus irmãos, livrando-os do mal. Jesus, temente a Deus nunca hesitou em ouvir sua voz e acolher um conselho seu, entretanto, o seu povo que dizia acreditar no Deus e nos ensinamentos do seu filho, no momento de seu maior sofrimento o abandonou e o condenou, negando tudo o que havia aprendido com sua fé e obras.

Ao mais uma vez reviver a história do Salvador da Humanidade, condenamos o povo que o abandonou, mas, se trouxermos a história para a nossa realidade, será que não tomamos o mesmo rumo do povo traidor que acompanhou Jesus? Muitas vezes vamos a igrejas, cultos, celebrações com a intenção de pedir a proteção, de pedir a benção, de encontrar uma luz para nosso caminho, de buscar respostas para nossas perguntas, mas nos demonstramos os mesmos infiéis descrentes que viveram com Ele há 2008 anos atrás! Será que em nossas conversas com Deus não se transformaram em monólogos de reclamações? Será que paramos para escutar a sua voz?

Talvez ele não se manifeste em nossas vidas através de uma conversa concreta, mas certamente se comunica por meio de sinais e percebê-los, interpretá-los e principalmente colocá-los em prática, assim como aconteceu com Neale Donald Walsch é um ponto dentro de nós. Este inglês é autor de uma série de sete livros que inspirou um filme com o título “Conversando com Deus”, nele o roteirista retrata a história de Walsch, onde após sofrer várias “rasteiras da vida”, indaga a razão pela qual sua vida não estava dá certo, e por que ele tinha uma vida com tantas dificuldades. Neste tempo, passou por um processo de anotações sobre suas dúvidas, em forma de perguntas irritadas dirigidas a Deus, as quais, para sua surpresa, foram respondidas via sussurros à sua mente proferidos por uma Voz Silenciosa.

Antes de começar a respondê-las, Deus pergunta a Walsch se ele está preparado para as suas respostas e para o entendimento de todas as questões da sua vida, e ao responder que sim, ele percebe que muitas das questões ele já sabia as respostas, mas não praticava ações que viessem a resolver aquele problema. Assim como nós, que às vezes comemoramos a Páscoa, o Natal sem aplicar o ensinamento que datas revelam e principalmente por não manter em nosso cotidiano os valores destes momentos.

Somos movidos por emoções senhores e, estas emoções às vezes nos atingem tão vertiginosamente que agitam o mar da nossa vida fazendo com que perdemos rumo e nos desviemos do caminho a navegar. Bebemos tanta água, ficamos exaustos, não avistamos nem ao longe terra à vista, porém, temos a consciência de que a única solução é arregaçar as mangas e remar incansavelmente dia após dia até encontrar o caminho de volta. Entretanto, mesmo sabendo o que fazer não o fazemos. Nos falta força, coragem? Nos mantemos apáticos, sem reação. E aí, qual o ponto que nos faz reagir diante das situações?
Logo, achamos que já passamos por tudo, no entanto, o vento sopra mais forte e um rodamoinho se cria e nos puxa ainda mais pra baixo, revirando de novo nosso barquinho da vida. Gritamos, esperneamos, reclamamos, mas porquê? Se sabemos com sair de lá? Será só agora chegou o ponto que nos aguardava? O ponto de reagir?
Talvez, só Ele saiba o ponto necessário para que reajamos diante das adversidades da vida, mas só depende de nós escutarmos a sua voz, para encontrar um caminho de mar calmo e seguro. Desejo a todos nessa Páscoa: a sua vivência em seu coração, o reconhecimento do seu ponto e o encontro com um mar sereno e tranqüilo.
Publicada no Jornal Liberal de 22/03/08

terça-feira, 18 de março de 2008

Será agora?

"Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão".
(Fernando Pessoa)
Nos últimos quatro dias aprendi tanto de mim mesma comigo mesma, que acredito que realmente encontrei o ponto. Ponto?! Que ponto?! O ponto, gente o ponto. O ponto de largar as piras dos seriados juvenis, as músicas bonitinhas, as dancinhas retardadas, as crises neuróticas, as compulsões escape, as desculpas esfarrapas, o medo do inantingível e ir. Pra onde?! Não sei! Mas pela primeira vez nos últimos dias sinto que retomei um curso que vai me levar para algum lugar, sinto uma velha energia que estava adormecida voltar.
Por alguma razão, as coisas pareciam não fluir, agora, que venham esporros sem fundamento, críticas ao relento, indiferença ao sentimento. Aguardo desafios pela manhã, rebeldices a tarde e estrondos à noite. Já não importo-me com minha reação, nem com a sua visão, a única coisa que me interessa é que partirei da escuridão. Porque agora? Não sei, também. Talvez eu não estivesse pronta, o fato é que agora saí de um ponto para ir atrás de outro.

quinta-feira, 13 de março de 2008



Acinzentou...

Início de ano e volta às aulas é sempre aquela coisa: as crianças empolgadas para a compra e o uso dos materiais escolares novos. É um tal de eu quero essa mochila porque é grande e mãe que quer aquela que é mais forte. É filho querendo borracha perfumada e mãe querendo-a na ponta do lápis.

De fato, comprar os materiais para a criança é fantástico, envolve uma emoção e a preparação para o novo que está por vir e, acredito que nada mais empolgue tanto-as quanto à caixa de lápis de cor. Os olhos parecem emitir uma luz de um brilho tão forte que é capaz até de convencer as mães em trocar a caixa de 12 cores por aquela de 48 com cores metálicas.

Indiscutivelmente, as cores provocam um fascínio indescritível não só em crianças, mas em jovens, velhos e adultos. O impacto causado pelas cores é capaz de compor sentimentos, reviver histórias e até traz a lembrança de cheiros e sabores. Quando pequenos, temos a adoração pelas cores “sexuais”, qualquer coisa: laço, boneca, roupa, ursinho, pirulito, até a cor do olho se possível tem que ser rosa bebê para as meninas e tudo para todos os garotos deve ser azul (exceto os colorados).

Os pequenos vão crescendo e o rosa torna-se apagado e brega e perde espaço para o pink e o roxo que são mais alegres e chamativos e o azul é substituído pelo preto, amarelo e o vermelho que transmitem força e energia. Na adolescência, a às vezes chamada época da rebeldia dá início à fase “dark” dos anjinhos.

Engraçado não é?! Falando assim o que nos parece é que em cada fase da vida somos acompanhados por uma cor característica. É fácil perceber, quando estamos em paz de espírito e de pensamento, vivemos a fase do “tudo azul”, sonhar e construir um ideal é o que nos transparece, vários momentos de nossas vidas são assim, onde podemos sentir o ar circulando dentro dos nossos pulmões e percebemos a vida em sua plenitude de pureza.

Entretanto, essa paz é abalada pelo desafio, pela inovação e o que era azul fica vermelho de raiva, de ânsia de conquistas. A monotonia de antes é substituída por idéias de revolução, nestes momentos da vida queremos mesmo é: inovar, arriscar, entregar, apaixonar. Essas fases carnais sempre vem precedidas de uma enxurrada de sentimentos: amor, paixão, raiva, rancor, arrependimento e, conforme a natureza e a grandeza deste sentimento uma nova cor pode pintar as nossas vidas. Ela pode ser negra, trazer a morte de sonhos, medos, ideais. Fases negras costumam-nos marcam eternamente, passeia de ares sofisticados e luxuosos a becos escuros e intermináveis: podem trazer tempestades e relâmpagos que inauguram a fase cinzenta.

Não só o negro precede o cinza, há momentos que pode ser o vermelho, o rosa, o branco. Mas é no cinza que acontece a melhor de todas as fases: o auto-conhecimento. As cores são luzes que nos provocam emoções e sensações e como tudo no mundo ou emite ou irradia uma luz, somos diretamente afetados e incentivados por ela. Em momentos de grande euforia arriscamos de vermelho, nos acalmamos com a tranqüilidade branca, descansamos sob a mata verde. Vivemos uma paixão cor-de-rosa, nos agitamos no fervor do laranja e meditamos com velas roxas, mas só nos entendemos no cinza.

Alguns já citaram que o cinza é a cor da melancolia, da tristeza; ainda acrescentaram que dá medo e causa depressão. Mas, há quem diga que desencadeia processos de estabilidade, promove o sucesso e a qualidade. Leva-nos ao caminho do desconhecido onde ao final estaremos mais conscientes de nossos atos e emoções. O calor dos tons quentes inebria-nos e nos perturba a alma: paixões, erros, provocações; e o gelo das cores frias congela nosso coração: desilusões, angústia, mas, para o bem do nosso arco-íris, tudo deve acontecer.

Comprar o material novo só para pintar um arco-íris com os mais belos tons da caixa de lápis de cor é enriquecedor; pois só com todas as cores ele ficará mais bonito. E para que ele apareça pleno é preciso que antes aconteça a tempestade com seus raios e perturbações, onde, só assim teremos a certeza de que o céu ficará de novo azul e amarelo do sol vai brilhar e nos aquecer.
Publicada no Jornal Liberal de 14/03/08

quinta-feira, 6 de março de 2008




Hã?

Mentira tem perna curta? Dizer a verdade dói? Pra quem a diz ou pra quem a escuta? De alguns dias para cá, vinha tentando achar respostas para uma série de perguntas que “acinzentavam” a minha cabeça, para tanto, busquei auxílio a uma vasta literatura a fim de esclarecer minhas dúvidas. Meu mergulho psicodélico a fim da resolução de questões foi de sarcásticas tirinhas da Mafalda, passeando pelo mistério oculto do zodíaco e suas previsões astrológicas, a econômicas e políticas colunas de renomadas, exageradas e sensacionalistas revistas e antológicos livros de poemas e crônicas.

Ao confrontar a literatura de décadas e tempos passados com algumas das atuais, notei que um novo mal do século atinge uma parte de nossos comunicadores e formadores de opinião: o pavor de assumir a verdade. Perguntam-me os senhores: Como assim? Arnaldo Jabor, um dos meus autores favoritos, não titubeia em se autodefinir no livro Sanduíches de Realidade: “Eu sou um neo-romântico bobo; falta-me, talvez, a tranqüila contemplatação do erro do mundo”. O que acontece é que um intelectual do gabarito de Jabor, não hesita em mostrar-se pobre diante de sua razão como mesmo diz, demonstrando aos quatro ventos a sua verdade onde um neo-rômantico bobo vê-se perdido diante de tantas burradas cometidas no mundo.
Sua atitude contraria grande parte de alguns dos atuais formadores e destruidores de opinião, que preferem por a culpa dos problemas da economia, da política, do stress, do alto índice de obesidade no: SISTEMA, no processo de GLOBALIZAÇÃO que sofre a sociedade e ainda reserva parte de seu discurso para além de esclarecer o leitor, confundi-lo ainda mais e lembrar dos tempos em que isso não acontecia.
Analisando o fato que no passado tínhamos recessão, Primeira e Segunda Guerra Mundial e ainda, não existiam academias e nem antidepressivos, do que têm a reclamar? Muito pouca coisa. Somando isso a questão da mesma globalização que possibilita o maior acesso à informação, a profissionalização, fica cada vez mais aparente o temor da verdade. Essa minha viagem pode até parecer meio transcendental, mas o que quero dizer é o seguinte senhores: muitos são doutores da verdade, a conhecem, a reconhecem e tem total propriedade para falar da dela, mas por não-sei-qual-motivo, não a regurgitam e preferem mascará-las com doces indiretas e intragáveis reflexões sem pé nem cabeça.
Confesso eu, que por algumas vezes nesse espaço assumi uma postura mistificadora, abordando diversos assuntos de forma a desencadear uma linha de raciocínio onde cada pessoa que deglutisse minhas linhas pudesse construir a sua verdade e não a minha. Entretanto, é dado um momento é a verdade precisa ser mostrada nua e crua, sem fantasias de modo que a massa entenda o que realmente se passa ao nosso redor.
Jabor cita, em uma de suas crônicas, que percebe uma distonia brutal entre o que se vê no país com aquilo que se lê dos intelectuais que o descrevem. Aí é que cresce o problema, caríssimos! O efeito dominó se espalha, logo não temos isso só no mundo literário, mas nas páginas dos jornais, no noticiário da tv, na conversa na vizinha, na escolha da roupa para a festa! O medo do desagrado, da reprovação, da exclusão faz com que percamos o compromisso com a verdade a cada segundo. “- Oh sim, trata-se de um nova forma de arte!” ou “Uma nova moda lançada em Londres”, ou “Uma crise momentânea na bolsa de valores” e mesmo “Sou um romântico contemporâneo”: MENTIRA! A verdade é que o quadro está ridículo, o vestido é brega, a crise abalou o bolso até da burguesia e acredito em finais de contos de fadas fantasiosos! E qual o problema de assumir isso? Nenhum, dizem que é quando eu me sinto mais fraco é que me torno mais forte! Pode ser que aí, reconhecendo nossa fragilidade, nossos defeitos, nossas dificuldades e principalmente nosso poder de mudança que poderemos contornar a situação e encontrar as perguntas para nossos paradigmas!
Alguém tem culpa sim. O que temos que fazer é tornar-nos reconhecedores e assumidores dos problemas sem tentar criar um fantasma que leve a culpa de tudo ou aguardar um brilho enviado pro Freud para a solução dos problemas! Encarar o cinzento em dias nublados, o vermelho em dias de raiva sem perder a apreciação do cor-de-rosa em dias floridos, sem tentar mesclar ou amenizar tons. Isso sim é a verdade e com certeza: não dói!

Publicada no Jornal Liberal de 07/03/08
Especial para amiga querida: Lela.