domingo, 26 de dezembro de 2010

Sob a luz da lua...

Essa noite eu perdi o sono, e perdi o sono não porque havia dormido demais, ou algo do gênero. Do nada, eu perdi o sono e ao me virar pela cama, eu não consegui descansar e voltar a dormir.
Levantei e sentei-me lá fora, para olhar para um céu sem estrelas e somente com uma meia lua estampada. Ao olhar para aquele céu, e especialmente para aquela lua, lembrei-me daquelas vezes que ao recolher a roupa para minha mãe, quando era menor, eu fazia pedido as estrelas.
Aquele céu do passado, parecia tão mais brilhante, aquela lua parecia tão mais charmosa e as estrelas então! Aquelas cintilavam no céu como as idéias e os sonhos reluziam em minha mente.
O tempo passou e a lua pareceu ter perdido o brilho e as estrelas parecem ter sumido do céu.
O tempo passou e parece que os sonhos, como as estrelas foram levados da minha vida.
O tempo passou e a lua que parecia tão acalentadora e romântica, adquiriu um fosco natural e uma frieza nada característica. Aí, eu me pergunto... Quem roubou o brilho da minha lua e levou as estrelas do meu céu?
Talvez, não tenha sido somente uma única pessoa, e sim um conjunto delas, as quais foram apagando o brilho e roubando estrelas. Porém, talvez, uma pessoa tenha sido responsável por apagar a luz e a magia do meu céu com maior intensidade.
Alguém, que ao mesmo tempo me trouxe os melhores sonhos do mundo e os levou consigo, sem dizer uma única palavra.
Alguém, que me fez ser quem eu não queria ser, mas que me fez melhor.
Alguém, que me fez entender que aquele amor cego, voraz, arrebatador que faz perder o sentido existe.
Alguém, que me proporcionou sentir o prazer do voar e me cortou as asas sem razão.
Hoje, vivo num mundo com uma lua fosca e um céu sem estrelas. Assim como desejo ardentemente ver a lua brilhar e as estrelas cintilarem, tenho um medo terrível de ver isso acontecer de novo.
Eu queria perder o prumo, viver debaixo de um céu de realidades estrelado e acreditando que a lua nunca deixou de ser romântica e de realizar desejos. Mas eu tenho medo.
Devolva-me os sentidos que você levou consigo e não me deu satisfação, ou volte pra minha vida. Não precisa se justificar, mas devolva o que é meu e se afaste de mim, porque eu preciso da luz da lua pra viver e o piscar das estrelas para respirar.

Resgasta em cadernos e memórias de 2010.

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