sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

... foca e vai!

            Mais um início de ano. Momento em que voltamos o nosso olhar para nós mesmos e diante das situações em que vivemos, estabelecemos novos anseios, sonhos, metas e diretrizes para nortear nossa vida no ano que se inicia e de tão obstinados a tal situação voltamos totalmente nosso olhar para tais situações e descarregamos toda nossa energia em tais objetivos.

Foco. Esta é uma questão essencial para pessoas, empresas e instituições; funciona como um exército em guerra, que se luta em várias frentes pode ter suas forças dissapadas e perder, ou se concentra em uma estratégica pode ter chance de sair vitorioso.

Charles Baudoiun, fala da Lei da Atenção Concentrada, o Foco, que segundo ele é “quando uma pessoa foca a sua atenção para uma ideia, ela tente da se concretizar por ela mesma”, seja ela um ideia boa ou uma ideia má. Para tanto, em inícios de ano, o foco pode ser a diferença de sucesso e de fracasso.

Todavia, para entender benefícios e prejuízos do foco direcional, faz-se necessário a definição do que é uma inteligência multifocal ou uma inteligência com foco. A inteligência multifocal, segundo Howard Gardner, psicólogo de Harvard, é um conceito de inteligências múltiplas, que podem existir múltiplos focos e que uma pessoa pode focar em muitas coisas, pois conforme esta teoria existem sete tipos de inteligências: linguística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal e intrapessoal.

Já a inteligência com foco essencial ou focada, vem de diferentes princípios, que dentre muitos, estes determinam que: é possível que uma pessoa possa focar em múltiplas coisas, mas não ao mesmo tempo; quando se tem um foco, a pessoa pode focar existem coisas importantes, mas em coisas sem valor e inadequadas; manter o foco é difícil, pois a dispersão da mente é uma tendência; é preciso saber o que focar e manter o foco, e ainda, é fundamental que se desenvolva o controle metal e emocional e o perceber no cotidiano, pois focar é uma das decisões mais importante para se chegar à excelência de resultados.

Assim, quando nos encontramos revigorados e ansiosos pela entrada de um novo ano, fazemos escolhas importantes em nossas vidas e decidimos por abandonar padrões antigos de vida e de comportamento, focando naquilo que definimos como objetivo principal naquele momento, é imprescindível que fiquemos atentos, porque uma pessoa ou organização focada em uma direção, pode se tornar incapaz de perceber mudanças, ameaças ou oportunidades, pois é possível que nos esqueçamos do mundo ao nosso redor e assim nao conseguimos perceber novas situações vantajosas para nós mesmos.

 Vale lembrar também de um ditado importante e muito usado dentro das organizações, que “não se pode colocar todos os ovos em uma única cesta”, pois é possível que se tenha um grande retorno, ou uma grande perca.

Foco, em síntese é insistência e persistência. A sociedade que vivemos nos oferece uma gama variada de oportunidades e experiências, cada uma com seus beneficios e desafios, vantagens e desvantagens. Muitas vezes, escolhemos caminhos mais pedregosos, mas que nos levarão a resultados realmente satisfatórios. Entretanto, quando fizemos escolhas e voltamos o nosso olhar para determinado anseio é preciso compreender que para escolha, temos uma renúncia e que nem sempre as nossas apostas ou sonhos podem se tornarem reais. Jacob Riis, citava que "quando nada parece ajudar, eu vou e olho o cortador de pedras martelando sua rocha talvez cem vezes sem que nem uma só rachadura apareça. No entanto, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas, e eu sei que não foi aquela a que conseguiu, mas todas as que vieram antes"

Desistir de coisas em função de outras, para persistir em um ideal, pode parecer um sinal de insanidade, mas também pode ser de lucidez. Tudo na vida importa em perceber, compreender, escolher, decidir e principalmente agir, concebendo que talvez a pedra demore para rachar,mas se estiver ciente, que mesmo rachada e arranhada ela pode conter um cristal em seu interior, vale a pena correr riscos. Bem vindo 2013, hora de focar em objetivos e ir adiante, mesmo nao sabendo onde vamos chegar, como vamos chegar e o que vai nos restar no final de tudo, pois mais importante do que o lugar da chegada é que, de fato, estamos indo para algum lugar. Foca e vai.

 

Pollyanna Gracy Wronski é professora de uma porção de coisas e em 2013 vai focar em aprender a ser feliz.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

De salto, com firmeza.


                Um dia nascemos e nascemos frágeis inseguros, desprotegidos e não sabemos andar. Aos poucos vamos crescendo, nos firmamos no colo da nossa mãe, somos firmes, em seus braços, nos reconhecemos no mundo, mas não temos nenhuma possibilidade de conquistar o mundo.

                Firmes de corpo, tímidos, gatinhamos pelas calçadas da vida. Nossos sentidos começam a aguçar a fim de querer conhecer o espaço que nos rodeia e ansiosos por quer conhecer o mundo, ousados a firmar os primeiros passos sozinhos. Entretanto, pequenos e sem conhecer o chão em que pisamos voltamos nossos braços para os braços da mãe, porque temos medo de caminhar e cair.

                Jovens, aprendemos a andar e achando que nossos passos estão firmes, desafiamos o caminho e tentamos correr, pé inteiro no chão, tênis nos pés e no coração a vontade de descobrir este mundo que fomos forçados a conhecer. Corremos e, descobridores, aumentamos a velocidade, experimentamos retas e curvas, grandes e pequenas distâncias. Asfalto, calçamento, estrada de chão, nossos pés ansiosos e curiosos, conquistam tudo: estradas, histórias, vitórias e derrotas.

                E depois de correr, conhecer, experimentar, descobrir e desafiar, conhecemos o caminho, sabemos onde pisar, como pisar e porque pisar e desta forma, ousados como somos e doutores de nossas vontades e anseios, subimos no salto. Do alto, vemos o caminho diferente, somos capazes de aguentar os calos que os calçados nos trazem, somos capazes de aguentar a dor do peso das pernas e a pressão do salto e pisamos firme, olhos ao horizonte, aprendemos a caminhar e não importa mais a queda, o caminho ou a velocidade, importa é que aprendemos a caminhar.

                É assim que me sinto hoje, feliz, de salto, sabendo bem andar e como andar, é o que a idade e somente a idade nos traz.