sábado, 21 de janeiro de 2012

Aperte os cintos e boa viagem!


Férias, quem não ama?
Estamos programados para trabalharmos o ano inteiro e no final de um ou começo de outro viajarmos para algum lugar para desfrutar de paz e tranquilidade que merecemos em momentos de descanso.
E seja para descansar, conhecer lugares diferentes, estudar ou fugir de tudo e de todos, as viagens nos transportam para um lugar dentro de si próprio que nos aproxima de nós mesmos, já perceberam?
É só lá, nas férias, é que temos tempo para parar e pensar, sim porque mente aquele que fala, que nas férias dá um tempo no pensar. Ouso falar que é nas férias conectamo-nos diretamente com sonhos, perspectivas, anseios e até com nossos medos.
É neste período que ao fazermos e desfazermos as malas, enchemos e esvaziamos nossas mentes e podemos analisar, o que na correria dos dias não nos permitirmos ver.
O interessante é que nem precisa para viajar pra Balneário Camboriú, Florianópolis, Brusque, Maringá ou Fortaleza, muitas vezes uma simples palavra e uma simples lembrança nos faz viajar no tempo e no espaço e nos perceber desligados do resto do mundo.
Muitas vezes, viajamos para longe, com o intuito de conhecer lugares e pessoas diferentes; outras, viajamos querendo desfrutar a paz e a tranqulidade que merecemos e ainda tem aquelas vezes que viajamos ocm o único intuito de nos esconder dos outros e de nós mesmos.
No entanto, a viagem que nos traz mais paz e serenidade é a viagem dentro de nossa própria alma, porque nos faz entedermos porque perdemos essa paz que nos devia ser característica. Embarcamos em uma lembrança, em um riso ou em uma música e encontramos a pureza e a leveza de momentos que muito nos alegraram e nos fizeram felizes e no meio dessa viagem, nos percebemos com sorriso nos lábios.
Porém, toda a ida tem volta e quando ao retornarmos, em alguns momentos, nos percebemos distantes daquilo que nos era agradável.
Desejamos voltar ao nosso destino de férias, para desfrutarmos daquilo que nos fez tão bem, porém é preciso voltar e nos deparar com a realidade e suas duras provações.
Mas quem que disse que não podemos viver em férias todos os dias de nossas vidas, seja naquele destino, naquele lugar especial, com aquela lembrança besta ou ao som de uma música que marcou, tudo o que nos faz feliz, pode ser vivido em dias que não sejam de férias, basta que nos permitamos sentir e viver tudo aquilo que nos faz bem, a proximidade, os sons, os gostos, os cheiros e os sentimentos.
As férias podem ser todos os dias, afinal os momentos que nos fazem feliz precisam ser eternos.
Boas férias, compre cartoes postais e carimbe o passaporte.
Você merece.

Colegas Contadores



Eu sei que eu exagerei no tempo, mas vocês mereciam...

Tudo começou em um verão de 2008 e, certamente, aqueles olhares desconfiados que se cruzaram pela primeira vez nos corredores do CESREAL, não sabiam que a partir daquela data construiriam uma história tão forte e intensa ao longo dos últimos oito semestres e que deixarão eternas saudades. Em 2008, por diversos motivos a maioria de nós se encontrava pela primeira vez, em busca de um único ideal, a conquista de um curso superior. Muitos se quer almejavam o título de Bacharéis em Contabilidade, queriam ser Administradores! Já outros, entraram no meio do caminho e aspiravam abrir seus escritórios, serem auditores, consultores e pesquisadores das Ciências Contábeis. Mas naquele verão, arredios, acuados e de certa forma até um pouco tímidos, sem saber os mistérios de um DRE, nenhum de nós tinha a noção exata de tudo aquilo que nos aguardava, tudo o que nós queríamos era chegar ao final e vencer.
Mahatam Gandhi professou que nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer. Nós desejamos e hoje somos vencedores. Vencedores de todos os seminários, trabalhos, dramatizações, artigos, paper´s, resumos, contabilizações e de teoricamente 160 provas, correto? Claro, sem contar os exames e as substitutivas, pois aproveitamos tudo o que a instituição nos ofereceu.

Passaram-se quatro anos e parece que foi ontem. Com o passar dos dias, afinidades se revelaram e o susto diante da Teoria de Administração I com seus seminários, foi substituído pelas gargalhadas dos Contadores de História nos teatros de Português e das apresentações de Sociologia. A angústia e o medo das provas sem o plano de contas, foram trocados pela boa companhia, pelos sapos mordidos por cachorros, as histórias de Tordilho Negro e a Macro e Micro economia.

Aos poucos fomos nos deparando com o Mundo Maravilhoso da Contabilidade e aprendemos não somente como contabilizar boizinhos e vaquinhas e como calcular na HP FREG, todas as formas de juros existentes, mas compreendemos que ainda temos muito o que conhecer.

Engraçado, que hoje, contemplando as vossas faces, não vejo mais nelas, os olhares arredios, acuados e pouco tímidos daquele verão, mas posso ver um brilho intenso no olhar de cada formando e esse brilho não seria tão ofuscante se não contasse com a participação e presença de pessoas que nos permitiram alcançar a vitória.

DEUS. Só tu, no silêncio da tua magnitude, sabes o que cada um passou para chegar até aqui. Estiveste sempre presente, não somente nas nossas orações, mas nos levantando quando caímos, quase derrotados perante dificuldades e dúvidas. Percebemos tua presença quando nos destes a mão para resolvermos questões, trabalhos e quando essa mão nos foi carinhosa o suficiente para não desistirmos e seguirmos até o final. Provaste a todos nós mais uma vez, que és grande o suficiente para nos amparar e sublime o suficiente para hoje estar aqui comemorando conosco.

Pais, ou melhor, mães e pais. Quem foram vocês em nossa caminhada? TUDO. Buscar as mais belas e ternas palavras para vos agradecer é pouco diante do que representou para nós a vossa paciência, a vossa amizade, a vossa compreensão. Sabemos que às vezes erramos, não reconhecendo o vosso esforço para que a nossa vitória fosse completa, principalmente quando foram o nosso abrigo e refúgio diante de tudo que nos afligiu. Todavia, graças a vocês, que nos deram carinho, motivação, que nos advertiram e enxugaram nossas lágrimas, é que hoje estamos aqui, vitoriosos e certamente enchendo-vos de orgulho. Obrigada por tudo. Amamos vocês.

Irmãos. Compartilharam momentos, escutaram histórias, auxiliaram na realização dos trabalhos e dividiram suas vidas com as nossas. Vocês, que inúmeras vezes nos agüentaram surtados, diante de tantos obstáculos a se superar, foram fundamentais para a nossa conquista. Sem o seu apoio, sem o vosso olhar e seu abraço, tudo ficaria mais difícil. Valeu!

Filhos, filhas, esposos, esposas, namorados e namoradas. Mesmo eu não tenho nenhum destes, faço questão de agradecer em nome de cada um da turma, por tudo o que vocês representaram e pelo que impulsionaram meus colegas para a vitória. Foram vocês que confortaram em momentos de cansaços, nervosismo, angústia e muito estresse. Souberam entender as ausências e nos “emprestaram” os seus e nossos queridos, pois assim eles se tornaram, para a realização dos trabalhos, para o estudo para a prova e para as festas que realizamos. Entenderam que neste misto de lançamentos contabéis, podem haver variaçoes no balanço e souberam bem contrabalançar tudo o que aconteceu e hoje estão aqui aplaudindo a nossa conquista. Obrigada! Eles amam vocês.

Aos Mestres. Proporcionaram muito mais do que o saber contábil. Foi através do seu exemplo que com muita força de vontade acordamos as 04h30 da manhã para estudar Direitos e Contabilidades e nos momentos de solidão, compreendemos o quanto a carreira universitária é, aham, bem massa. Cada um, com um nome, com uma mania particular, uma personalidade, um jeito de ser, todavia, todos sinomino de conhecimento, que nós ensinaram até um pouquinho mais de Deus, ou tem alguem que não sabe rezar o VINDE ESPIRITO SANTO, né Sabino?
Henry Ford, um famoso empreendedor, argumentou que pensar é a tarefa mais dificil, deve por isso que poucos dedicam-se a essa tarefa. Vocês pensaram e planejaram aulas e teorias que nos fizeram compreender que o pensamento pode ser uma arma fundamental em nosso cotidiano. Somos gratos a toda forma de conhecimento repassada, até aquela que resultou em um décimo a menos na prova e uma decepção a mais no dia, mas tudo isto foi valido para o acumulo de experiencias. Agradecemos pelas aulas, pela companhia, pela amizade, pelas vezes que nos advertiram e principalmente pelas vezes que defenderam a nossa turma, acreditando que lá no fundo tínhamos algo de bom. Ficarão para sempre em nossa memória.

A todos do CESREAL. No trabalho dos bastidores, vocês tinham a caneta e contribuiram significativamente para que esta festa hoje fosse possivel. Compreenderam atrasos, relapsos, ausências e foram pacientes para entender que universitários são normalmente desesperados. Lembramos em especial ao Professor Carlos e Seu Claudio, que já não estao mais aqui. Muitos tornaram-se companheiros e outros sócios e amigos para a vida inteira. Agradecemos por tudo, de coracao.

Agora peço licença a todos os presentes, para neste momento falar diretamente com aqueles os quais compartilhei 4 anos de histórias. Nobres formandos, esta é a ultima vez que me ouvirao falar como colega de classe. Calma gente, como colega...
Caríssimos, que se tornaram colegas, compadres, cumplices e amigos. É acabou, chegamos a reta final.

Hoje, depois de tantos apuros que passamos, suspiramos aliviados e agradecidos por tudo o que fizemos. E como muito bem disse nosso Mestre Professor Maximino, o que ficará de mais valioso durante estes tempos de graduacao não é o conhecimento cientifico adquirido, mas aquilo que vivemos e compartilhamos além de contabilidades, perícia e auditoria, somos mais, por tudo o que aprendemos na disciplina da vida.

Se querer é poder e ter que ir até o final e quiser vencer, como bem citava a canção do RPM, a nossa convivencia era cheia de querer vencer e neste intenso querer, foram muitas discussoes, silencios, provocacoes, ausencias, insinuacoes, risadas, alegria, beliscões, musica, festas e sentimentos que uma vez alguem ousou dizer até, que nossa classe parecia um reality show.

E de certa forma estava com razao, pois nosso envolvimento fora tao grande que nossos problemas se tornaram problemas dos outros e vice e versa. Tivemos o mocinho, o popstar, o injusticado, a reinenta, a dramatica, o fiuk, o fujão, o restart, a gold, os modelos, os barraqueiros, os despreocupados, os neuroticos e os festeiros. Todos fomos colocados no paredao da vida e hoje não saimos como eliminados, mas realizados com a conquista do nosso premio maximo: o diploma.

De certa forma, poderiamos ousar a comparar a nossa vida academica com a contabilidade. Ao iniciarmos em 2008, nossa organizacao registrou em seu balanco patrimonial um fato contabil que incorporava DO NOSSO capital social ao nosso ativo, um valor alto de esperancas, sonhos e metas.

Conforme foram passando os dias, os lancamentos em nosso livro diario registravam em nosso caixa: xerox, livros, tinta de impressora e gasolina para correr atras do conteudo, ou de quem tinha o conteudo.

Além do caixa, o banco conta movimento tambem ganhava sucessiveis creditos, todavia os saldos dos investimentos para o futuro e do ativo intangivel igualmente mudaram: aumentaram as amizades, as alegrias e as angustias divididas.

As vezes, alguns fornecedores ficavam felizes com nossos debitos: panificadoras, acougues, supermercados, lanchonetes e postos de combustiveis. Estes, deixaram nosso resultado com um prejuizo financeiro, mas enriqureceram as nossas contas de historias para contar, felicidades a compartilhar e pessoas em quem confiar.

Muitas vezes, cansados do cotidiano, chegavamos ao CESREAL com o estoque de paciencia e tolerancia zerados, mas isso nunca se mantinha assim, pois sempre encontravamos uma boa pessoa que levantava o astral do outro. Academico, ou voce é comediante? Enfim, no final da aula, o estoque de paz de espirito saia sempre elevado.

Baseado na aplicacao dos principios contabeis, tentamos em nossa entidade, aproveitar as oportunidades, dando continuidade aos nossos estudos, fazendo tudo com competencia, agindo com prudencia, rezando que a mensalidade não sofresse atualizacao monetaria e tentando compreender como nossas notas não eram avaliadas segundo o valor original.

Fazendo analises verticais e horizontais, conhecemos o ponto fraco e o ponto forte de cada um e elaborando pareceres sobre nós mesmos, aos poucos sabiamos, com o passar dos dias, quando algo não andava bem. Nos tornamos peritos em driblar adversidades, auditores em revisar o trabalho do outro, porem não controlamos o rumo de nossos pensamentos e sentimentos e muitas vezes não sabiamos como lidar com isso e acabamos nos ferindo e machucando. Fomos artistas de teatro, consultores de empresas, marketeiros de produtos sensacionais e indispensaveis para nossas vidas e até engenheiros sociais, com e sem sucesso, entretanto o que fizemos de melhor e mais gratificante nenhum DRE pode mensurar: as experiencias vividas.

Tivemos durante o nosso exercicio, algumas perdas que ameaçaram por algum tempo a nossa estabilidade, alguns de nós, seguiram outros rumos, que não a contabilidade. Estas perdas, nos fizeram admitir que nem tudo sai como nosso planejamento estrategico foi estruturado, mas que devemos seguir firmes com nossa visao focada, sem jamais reconhecer o quanto foi importante a presença dos ex-colegas em nossas vidas.

Tão logo hoje, ao fecharmos razonetes e encerramos nosso demonstrativo, apuramos um lucro não somente contabil, mas pessoal e profissional.

É, bateu sinal, estamos nos formando, aew parabens, mas sera que não há tempo para alguns outros fatos contabeis? Uma passadinha no beija flor, deck ou pesque e pague? Quem sabe um truquinho no CTG, um almoco gauderio nas campeiras com corrida do seculo?
Talvez, mais uma etapa do Desafio Sebrae, ou uma piada sem graça a luz da lua na escada da faculdade? Quem sabe um passeio com superfantasticos amigos por Realeza, Santa Izabel, Cascavel, Paranaguá, com direito a trovas no Rio Grande do Sul e depois de assistir teatro, voltar de São Paulo e ir direto para Madri?

Será que há tempo para um ultimo seminário de Contabilidade ou um último calculo de folha de pagamento? Quem sabe uma manha inteira de sabado no msn, uma aposta no grenal, um cutucao no meio da aula e uma reuniaozinha no recanto Marcon? Uma nova conquista nos Jogos Academicos, mais uma bateria de foguetes na faculdade, alguma brincadeira com tombos em gangorras de parquinhos infantis ou um papo gostoso nos canteiros da faculdade, antes e depois de comecar a aula?

O que comecou em um verao se findará no verao. Passados 4 anos não vejo mais olhares arredios, mas olhar para voces é acalanto, pois seus olhos refletem confianca e responsabilidade.

Aprendemos tanto sobre nos mesmos que hoje, juntos somos um, ou melhor uma: Contabeis 2008. Isso soa como musica não é mesmo? Se formamos uma musica, como diz uma musica, ela teria a mais perfeita sintonia, na mais estranha melodia, varios lados de uma mesma historia, e embora hajam perguntas sem respostas e duvidas a calar estas ficam para tras e hoje ouvimos novas melodias, certos que o som não cessará, pois não fecharemos as portas de nosso coracao.

Caros colegas, gostaria de dizer que foram inesqueciveis todos os momentos que compartilhamos. Mesmo que houveram algumas divergencias ou brigas, tudo valeu a pena e pedir desculpa mais uma vez pelos deslizes e excessos, pode até parecer clichê, mas ajuda a expressar o sentimento de gratidao e carinho em relacao a tudo que passamos juntos. Queria poder guardar cada palavra de afeto, cada abraco conforntante, cada semblanete senero dentro de uma caixinha, mas como isso não é possivel, estes ecoarao por muito tempo em nossa memoria trazendo risos aos nossos labios e talvez lagrimas em nossos olhos, fazendo lembrar como foi gratificante o periodo em que fomos academicos de contabilidade.

Formandos, que hoje novas portas abram-se em suas vidas, com horizontes brilhantes a se admirar.
Deixo a voces uma mensagem de um pensador que transcreve meu sentimento hoje: no dia de hoje, metade de mim quer sorrir, metade de mim quer chorar. No dia de hoje, metade de mim quer ficar, metade de mim quer partir. Mas o que fica é a saudade. Saudade dos livros, dos mestres, dos amigos, dos sonhos, dos sons e das festas. Mas, fica um vazio, podíamos mais. Mas hoje, especialmente hoje, metade de mim quer sorrir e metade de mim quer chorar.

Bachareis em Administracao e Contabilidade, Parabens, nos merecemos.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Finais

- Ei, me dá um pedaço de chocolate?

- Então, acabou.

- E como vai a faculdade!

- Pois é, terminei.

Acabou, the end, fim. Os senhores devem estar perguntando-se, como assim, no começo do ano, começamos falando em finais? Pois bem, é mais do que evidente que para tudo o que começa, tem algo que termina. É inevitável. Algumas coisas agradecemos por findarem logo de uma vez e outras nos entristecemos com o fim. E por mais que haja coisas positivas e negativas é sempre difícil lidar com os finais.

O fato é, é muito mais fácil termos a ilusão da imortalidade das pessoas, situações e coisas em nossas vidas, do que ter que conviver com a triste realidade que tudo na vida é passageiro, o que é a mais pura verdade.

Para início de conversa, esse negócio do que é imortal não morre no final é só coisa de música da Sandy, nós somos muito mortais e, diria eu até que morremos e ressurgimos muitas vezes durante uma só vida. Como? Pensem comigo, diariamente estamos expostos a um misto de experiências e acontecimentos, cada um deles, ao penetrar em nossas vidas, moldam a nossa forma de pensar e de agir. A mudança proporcionada por tudo isso, faz com que surja dentro de nós mesmos, um novo eu. Desta forma, há uma morrer e um ressurgir. Há um fim para um começo.

E percebam como o abandono do antigo eu, para chegada de um novo, causa muito estrago. Por dezenas de vezes, nos surpreendemos com nossas próprias atitudes, maneira de pensar ou agir e essas mudanças são a prova irrefutável que houve um fim. Em alguns casos, pode haver a resistência e o saudosismo, que podem aumentar o problema.

O final da leitura de um livro, o fim de um filme, o acabar de uma barra de chocolate, o encerramento de um curso, o tchau a um emprego, o adeus a uma velha atitude. Seja qual for o motivo do final, este sempre nos abalará e nos fará avaliar a forma que estamos levando nossa vida e como coordenamos nossos pensamentos.

Talvez, se começássemos a conceber a ideia de que somos sim, passageiros no trem da vida e que a cada nova estação, uma nova paisagem surgirá, cada uma com uma beleza e um encantamento especial, conseguiríamos superar inúmeras frustrações que nos afligem. Nos apegamos demais as situações e as coisas e deixamos de viver a vida que nos aparece todos os dias, em função da superação dos fins que já se foram e vivem no presente.

Senhores, não estou falando em negar ou refutar o que nos aconteceu e que vivemos, pois graças aos momentos passados é que construímos nosso presente e idealizamos nosso futuro. E nisso, incluo até finais de relacionamentos, amizades ou demais perdas. Pois, se nada é imortal, tudo novamente pode mudar e o que era passado pode voltar ao presente, aí o que era final pode voltar como um recomeço.

Finais são sempre estranhos e o começo pode parecer ainda pior, mas é preciso enfrentar os dois, pois a janela do trem está aberta e cabe a você aproveitar a nova paisagem, considerando, mesmo assim que um dia poderá voltar lá.

Pollyanna Gracy Wronski não gosta de finais, mas se empolga com começos.