sexta-feira, 9 de março de 2007

Dia Internacional da Mulher



Pelo 97º ano consecutivo, as mulheres comemoram o Oito de Março como seu Dia Internacional. E devem comemorar e muito. Instituído na Dinamarca em uma conferência internacional de mulheres, essa data tem história. O Oito de Março de 1857 foi marcado com uma greve de operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque que reivindicavam a redução de horas de trabalho. As operárias que ganhavam um terço do valor dos homens foram fechadas dentro da fábrica, onde ocorreu um grave incêndio; culminando com a morte de 130 mulheres.

Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women's Trade Union League, que tinha como meta melhores condições de trabalho à classe. No ano de 1908, uma marcha mobilizou 14 mil mulheres em Nova Iorque: com o slogan "Pão e Rosas", onde o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida, pediam o direito ao voto. Mesmo diante de uma história de lutas e injustiças, ainda escutamos que este é um dia qualquer. Pensando bem, até parece grande coisa estabelecerem uma data especial para as mulheres. Mulheres não merecem um dia especial, mas todos os dias de uma mulher têm que ser especiais. Já sofrem discriminação, estiveram em último lugar em escala de valores, foram rejeitadas socialmente, humilhadas politicamente, esquecidas profissionalmente e a culpa não é somente dos homens, mas também das mulheres por não acreditarem no poder de ser mulher. Não é no Dia da Mulher pregar o feminismo, mas é respeitar e se dar o respeito.

Respeito por aquela que acumula cargos e funções que dificilmente são bem remuneradas ou mesmo reconhecidas. Pela dedicada dona de casa que: acorda cedo, encaminha a família, arruma a cama, recolhe a meia na porta do banheiro, prepara o lanche, faz o mais novo voltar e ajeitar o cabelo rebelde, lava a roupa, faz almoço. Pela comerciante, professora, advogada, psicóloga, palhaça, juíza, estudante que: sabe ensinar os risos, aconselhar as contas financeiras, escutar os clientes e aprender com julgamentos alheios. Pela mãe dedicada, humilde, acolhedora, conselheira e firme. Pela avó que mima, que ama, que cuida. Pela esposa compreensiva, ciumenta, possessiva, amorosa. Pela amante fervorosa, apaixonada e fiel.


A mulher tem o dom de exercer mil faces ao mesmo tempo, não comprometendo sua moral, muito menos a autenticidade de nossa personalidade. Faz sem pedir nada em troca, somente tendo como satisfação: um sorriso. Aqui está a importância do dia internacional da mulher, comemorar a dádiva de ser mulher e ter orgulho disso. E nada como mulheres para expressar o seu sentimento no seu dia:

Letícia Andretta: O dia Internacional da Mulher é importante pois comemora todas as conquistas e direitos que nós mulheres já alcançamos e também para mostrar a sua importância na sociedade, além disso, o dia 8 de Março em muitos lugares tem como objetivo protestar pelas dificuldades que a mulher ainda encontra em seu dia - a - dia.



Egelise D Oliveira: Este dia tem uma conotação diferente. Vejo nele um momento e uma oportunidade para relembrarmos e comemorarmos as inúmeras conquistas alcançadas pelas mulheres, sociais, políticas e econômicas, e também prestarmos homenagens àquelas que nos são mais próximas e que diariamente nos servem de exemplo.




Eva da Silva Chicanowski: Mulher, Mãe, Esposa, Profissional, Guerreira e Competente. Figura sempre presente em toda e qualquer tomada de posição face à problemática, quer seja da criança ou do jovem, no trabalho ou no lar. Sabe o que quer, divide sem tempo com igual carinho para que nada pereça. Dia após dia se reveste de força e inicia novamente a obra de renovação, de fé, de verdade e de amor.

Neiva da Rosa Wronski: É um dia fundamental, pois, a partir da sua comemoração adquirimos o direito de demonstrar e exercer o nosso carisma, sensibilidade, emoção e competência; não somente na maternidade, que é sem dúvida o maior e mais glorioso momento em minha vida, mas, se fomos agraciadas com o dom de gerar vidas, temos o poder de participar de discussões, seja na política, economia, educação e religião; onde se escrevem e reescrevem as leis que estabelecem os direitos e deveres dos cidadãos e tentar garantir o direito à vida e a dignidade de nossos filhos, que serão o futuro do nosso país.



Tuanny E. B. Bruffati: Falar da MULHER é uma coisa que me deixa radiante, pois posso falar de pessoas cheias de sentimento, carências, sofrimento, angústia, porém muita sabedoria e amor em seus corações. Ser Mulher é superhiperultramegaimportante, mesmo por viver em uma sociedade ainda um tanto machista. A mulher foi adquirindo seu espaço aos poucos e tende a crescer e se destacar cada vez mais, basta tempo, espaço e capacidade. Basta olhar para dentro de nós mesmas e descobrir o nosso verdadeiro valor!



Valéria Barbiero: O dia 8 de março nos faz refletir sobre a importância da Mulher na participação educacional, política, social, religiosa e cultural de nossa sociedade. Com coragem e ousadia, ela resistiu ao machismo, discriminação e opressão. Hoje, independentemente do nível social, raça, cor ou nacionalidade, ela tem mostrado todo o seu potencial nas mais diversas atividades, construindo uma sociedade mais justa. Muito há ainda a conquistar, na luta por um mundo melhor, mas ela crê na transformação, também, através da formação de uma nova consciência, daqueles a quem ela tem a tarefa de educar.



Então, parabéns a vocês mulheres! Que agüentam cólicas, menstruação, hormônios, pílula, TPM. Que tem pesadelos com celulites, estrias, músculo do tchau e o pânceps localizado. Que vão pra academia, passam por depilação, cera quente e fria. Que em um mágico ritual de estalar dedos: corretivo, base, pó, sombra, lápis, rímel, blush, batom e pretinho básico transformam a simples moça indefesa na poderosa mulher conquistadora. Que se mantém impecável diante de situações embaraçosas: a unha quebrada, a meia calça que puxou fio, tudo isso com a maior classe sobre um salto 8 cm.


Sensíveis: choram em filmes, em finais de novela e em casamentos. Frágeis: precisam de um casaco em dias frios e panelas de brigadeiro em dias de solidão. Não são Airton Senna no volante, mas pilotam um fogão, um tanque, uma empresa, uma família, uma nação e muitos corações com a maior destreza do mundo. E acima de tudo, vocês que amam.


Disse São Paulo aos Coríntios: “O amor é paciente, é bondoso; o amor não é invejoso, não é arrogante, não se ensoberbece, não é ambicioso, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda ressentimento pelo mal sofrido, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade, tudo desculpa, tudo crê, tudo espera e tudo suporta”. Para isso que Deus criou as mulheres para o Amor e para Amar.


polly


Publicada no Jornal Liberal do dia 09/03/2007.

sexta-feira, 2 de março de 2007

A Incompatibilidade


Publicada no Jornal Liberal de 02/03/2007


Investigando alguns jornais nessa semana, chamou-me a atenção, a versão on line do Jornal O POVO, de Fortaleza a coluna de Ana Rachel e Paula Lima, que trazia o seguinte título: Vai ser pra sempre ou só quando durar a marchinha? As linhas por elas escritas traziam à toa o assunto de todos os carnavais: amor de verão não sobe a serra. E é verdade.
Garotas podem me massacrar, mas de dez em dez vezes: a culpa é nossa. A questão é que em pleno século XXI, mesmo com o avanço tecnológico, a crise econômica, o aumento da tinta de cabelo, a quebra de estereótipos, a provável (e terrível) vitória do Diego no BBB7: as mulheres avançaram, progrediram, evoluíram. Mas, ainda estão em busca do par perfeito, que a complete e fique só com ela a vida inteira.
No carnaval, por exemplo, todo mundo com o mesmo discurso: curtir, paquerar, ficar e nada de compromisso. Na primeira noite do a-la-la-ô! A odalisca encontra o sheik e percebe que ele é o Rei da Arábia. É carinhoso, delicado e ela acha que nasceram um para o outro. Aí, entra em ação a fértil e voadora imaginação feminina. Porém, chega a quarta feira de cinzas. E agora? Agora nada. O príncipe some e vira sapo e o sheik tem um harém! Não vai consolar, mas a ciência e a evolução explicam o problema.
Qual são as funções dos animais sobre a terra? Sobreviver e Reproduzir. Pois bem, o macho, tem como sucesso evolutivo à perpetuação da espécie. Como ele consegue isso? Copulando com várias fêmeas e não uma só! Segundo o mito da Monogamia, de David Barash e Judith Lipton, um ornitólogo e uma psiquiatra, casados há 25 anos, monogamia é raríssima na natureza e não é achismo não; é teoria cientifica montada com base em observações. Os cientistas já sabiam há muito tempo que os mamíferos, em geral, não são chegados a arranjos monogâmicos. Porém, sempre se pensou que as aves e os seres humanos eram únicos nesta escolha por um parceiro exclusivo. Mas, com o avanço dos exames de DNA, ornitólogos do mundo inteiro perceberam que, apesar das aves formarem casais monogâmicos “de fachada”, seus ninhos apresentavam filhotes de pais diferentes.
Contudo, vem inserida na história a questão da cultura, a sociedade, que restringem a questão da poligamia (graças a deus), sendo que a maioria dos seres humanos, destinados a copularem por toda uma vida com um só parceiro. Entende-se, portanto, as frustrações e desgostos das fêmeas, que possuem anseios diferentes dos machos. É a história: a necessidade da fêmea é sentir-se protegida e estar inserida no meio onde possa depositar todo o seu cuidado parental em sua prole, nada a ver com o macho.
Passa Carnaval e as Gatas Borralheiras choram as mágoas porque o Príncipe não voltou com o sapato de cristal. E o que fazer para alcançar o sucesso evolutivo? Primeiramente, compreender que existem opiniões e vontades DIFERENTES em espécies iguais; e que a adaptação é PRIMORDIAL para a evolução do homem.


Bom final de semana à todos!