domingo, 24 de maio de 2009

Vingança é um prato que se come frio.



Fato é comprovado com o sexo feminino.
(em 22 de Maio de 2009)

Uma vez citou o pensador Friedrich Nietzsche: “Na vingança e no amor a mulher é mais bárbara do que o homem”, tudo bem que no amor vocês já sabiam mas na vingança, tal informação acredito que surpreenderá muitos e muitas.


O sentimento da vingança é explicado como a retaliação contra uma pessoa ou um grupo como sinal de resposta a algo que foi percebido e entendido como prejudicial para si mesmo ou para as pessoas. Falando em prejudicar, o pensamento para a vingança pode ser conduzido como uma ação que volte a igualar os lados, (já que um foi prejudicado), porém seu fundo refletem mais ações destrutivas do que construtivas.


A filosofia vê diante da opinião de alguns, como algo necessário para se manter a justiça; onde muitas sociedades afirmam que o mal infligido deve ser maior que o de objetivo da vingança. O “olho por olho” descrito na Bíblia vem para evitar uma serie de ações violentas e a religião católica afirma que apenas Deus tem direito de praticar a justiça através do uso da vingança.


Se mulher é vingativa o homem a procura, o mesmo Nietzshe afirma que: “O verdadeiro homem quer duas coisas: perigo e jogo. Por isso quer a mulher: o jogo mais perigoso”.


E diante desse perigoso jogo de interesses e busca da justiça, natural do instinto humano, uma recente pesquisa afirma que mulheres planejam atos agressivos mais que os homens; segundo as proposições do estudo, o sexo masculino tende a reagir de forma impulsiva e agressiva, enquanto as mulheres são mais ponderadas e mais calculistas.


A Universidade Ibero-Americana da Cidade do México (UIA), realizou um experimento com base em análises de adultos que apresentavam altos níveis de agressividade. O observado foi que enquanto os homens tendem a ação física imediata, elas pensam mais no que vão fazer contra o outro, num ato frio e racional.


Noventa testes que abrangeram o tipo da personalidade, preenchimento de questionários socioeconômicos e análises eletrofisiológicas foram realizados com homens e mulheres com características agressivas. Tais resultados mostraram que as mulheres são mais "proativas", enquanto os homens tendem a ser "reativos".


O ato masculino de reação em alta atividade emotiva a um estímulo desagradável a exaltação, é classificado como agressor reativo. Porém, quando a resposta emocional é mais fraca, no caso das mulheres, estas planejam sua estratégia para expressar seu descontentamento, o que traduz um agressor proativo.


Os resultados demonstraram ainda que 70% dos homens do teste reagiam ao estímulo negativo com uma agressão física, enquanto apenas 10% das mulheres recorriam aos golpes. Tal ação é explicada porque a maioria delas prefere "isolar" quem foi motivo de irritação.

O estudo possibilitou a compreensão de que existem pessoas muito mais suscetíveis ao comportamento agressivo por sua própria configuração cerebral, o que é explicado devido a diferenças entre os sexos existentes há mais de 100 mil anos. Ao macho cabia a tarefa de caça e de trazer o alimento à família, à mulher cabia a colheita de frutas na aldeia, logo não cabia a elas o esforço físico, mas a questão da hierarquia entre elas era comprovada com quem exercia a melhor liderança.


Desta forma, o homem desenvolveu mais a área cerebral que se encarrega de todas as respostas emotivas e imediatas, onde o que sentiu tem resposta imediata e pronta, já nas mulheres tal fato histórico possibilitou um maior desenvolvimento da zona responsável por regular o sistema das emoções, por isso que dizemos que a vingança é um prato que se come frio, para nós fêmeas.

Porém, é preciso evidenciar que tal atitude não é somente feminina, apenas é mais latente neste sexo. Para isso as histórias de homens atacando o guarda-roupas de suas ex com objetos cortantes são muito menos freqüentes, mas acontecem. O que nos diferencia é que planejamos mais e melhor, enquanto os homens são desde pequenos educados ao revide de ações, nós temos a obrigação de sorrir e parecermos dóceis. Assim, mesmo querendo dizer que “a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”, por trás de meigo sorriso, pode um intenso desejo de justiça, que se esconde atrás da vingança mais sutil e elaborada.
Pollyanna Gracy Wronski é Bióloga, Professora, Acadêmica de Ciências Contábeis sorri sempre e acredita na justiça, sutil, fria, mas eficaz.

Medo do Mar



(Em 05 de Março de 2009)
Ando vagando pelo vento. Ando sem um rumo certo. Ando pra onde eu vejo luz, e nem sempre é luz. Ando perdida. Ando com os pés trêmulos e caminho com passos em falso.

Perdi meus firmes passos, depois que conheci o mar. Perdi minha espontaneidade, perdi minha calma, perdi no meu jogo. Lutei com as armas as quais eu jurei jamais usar, bem aquelas que me traziam a maior recusa, foram bem estas que usei.

Eu, que sempre meço as palavras, calculo passos, elaboro estratégias, eu me deixei levar. Bem eu, que falei nem pensar. Que sabia todas as armadilhas que continham naquelas águas, que já tinha ouvido falar de todas as incertezas que na vida ela nos dava.

Entretanto, não mais que sorrateiramente, um brilho estranho e novo veio a me encantar, meus olhos incendiaram de uma nova forma, que curiosa, pela primeira vez quis eu conhecê-lo de perto.

Por querer, mas sem perceber, ousei, em me jogar em um mar, o qual eu jamais quisera saber a profundidade. Percebi o arrepio das águas geladas e o calor da emoção a flor da pele ao encontrar espécies e conviver com uma experiência a qual jamais havia vivido.

Aprendi coisas as quais jamais eu conseguira aprender dentro da minha monótona rotina de meus dias. Porém, como eu não sabia o caminho e o que me esperava, eu fui, sem saber a hora de voltar.

Lancei-me, por querer mudar. Precisava sentir que havia um sangue quente em minhas veias, mesmo por entre mãos e coração gelado. Que podia aprender com a beleza e com a sapiência do mar. E senti, e vivi, e sofri, por ter que voltar. Mergulhei nas descobertas, na experiência. Mergulhei nos erros, em angústia, em dúvidas e ilusões.

Agradou-me a ideia de pisar no falso, de experimentar o perigo, de ser levada pelo vento, pelo sabor do mar e tentar buscar para sempre comigo, aquela luz que tanto fez bem ao meu coração.
Todavia, o mar que tem águas quentes e mostra faces com belas paisagens, como eu, não é seguro e sofre com a ação do vento, do tempo, da tempestade. Quisera ser só eu, o mar e tudo de bom que eu vivi. Sua companhia era só o que me bastava, me fazia pensar em nada, só em viver e viver feliz.

O vento e a tempestade nos afetaram, de tal modo que eu não mais senti suas águas geladas me esquentando e mostrando-me as belezas da vida. As águas se agitaram e fizeram-me perder em meio a um turbilhão de sentimentos.

Lutei, tentei buscar o caminho de volta, porém fui levada por suas ondas, sem rumo, de um mar que já não comandava a força e a direção das ondas, nem obedecia sua própria vontade.

Do mar, do sábio mar, do calmo e maravilhoso mar, eu fui obrigada a me afastar. Sua inconstância agitou meus pés, que quiseram novamente pisar em sólida e consistente terra firme. Trouxeram-me novamente para terras conhecidas, com as mesmas paisagens, mesmas seguras sensações, com a minha mesma rotina de sempre.

Hoje, habito nestas terras firmes, por querer, mas, tenho medo e saudades do mar. Ainda estão em minha memória, os bons sentimentos, as belezas e tudo que mesmo fria, me fez quente ao conhecer seus mistérios.

Olho em seus olhos todos os dias, mas não vejo mais um brilho convidativo, mas uma luz ofuscada que não me permitem entender o que ele quer me dizer. Será que ele ainda tem algo a me dizer ou ensinar?

Suas águas congelaram meu coração, me deixaram mergulhada em um profundo cinza, com dúvidas a calar, angústia no olhar e sem aquele riso fácil, que me fazia todo dia admirar o calor do sol e ao longe ouvir o barulho intrigante daquelas águas.

Sem firmeza no andar, mantenho-me distante, sentada na areia, olhando suas ondas, que me fazem saudosa, feliz e que me amedrontam. Sei que ele me trará respostas, me ensinará coisas novas, me fará muito feliz. Mas por hora, sem entendê-lo eu prefiro a terra firme, a solidez, pois do mar, eu ainda tenho muito medo.

Ronaldo


E viva o gordinho!
(em Abril de 2009)

Quando, mais uma vez, quase todos zombaram dele, o ridicularizaram, acusaram de farrista e irresponsável com a carreira, ele voltou. E voltou, mais uma vez em grande estilo, mais uma vez driblando todas as adversidades e conquistando além do título de Campeão Paulista pelo Corinthians, a coroa de melhor jogador do campeonato.

Ronaldo Luis Nazario de Lima, ou simplesmente RONALDO (dito bem daquele jeito que todo mundo fala), ou o Fenômeno, está de volta para o terror dos zagueiros e talvez o melhor apelido não seja mesmo Ronaldinho como iniciou a carreira, nem fenômeno quando da conquista do Melhor do Mundo, mas o apelido que serviria e que virou até sinômino de Ronaldo é superação.

Do Cruzeiro para o PSV, chegou sendo artilheiro com 67 gols em 71 partidas oficiais. Cedo, em 1996, sofreu com seu primeiro problema físico de maior gravidade, passando por cirurgia no joelho direito, recuperando-se a tempo de participar das Olimpíadas de 1996.

Ainda em 96 ruma para o Barcelona, sendo o artilheiro também do Campeonato com 34 gols em 37 partidas e é reconhecido pelo talento e volta por cima após a cirurgia e a medalha de bronze em Atlanta, com o recebimento do prêmio de Melhor Jogador da Fifa em 1997. Vai para o Internazionale, onde se torna o "Fenômeno" e mais uma vez o melhor do mundo.

Porém a carreira do atual gordinho mais aclamado do Brasil sofre mais um baque, este na fatídica Copa de 1998, onde na véspera da final sofre uma estranha convulsão, até hoje não compreendida por muitos brasileiros (inclusive eu) que resultou num abalo da seleção e a derrota na final da copa.

Alvo da pressão da mídia diante daquele episodio, caí no rendimento no Internazionale e em 2000 sente a dor de mais uma contusão que o deixou afastado dos campos por quase um ano. Volta, com o que lhe rendeu outro apelido, uns quilinhos a mais e com um fim de carreira decretado, o gordinho estava em baixa.

Nova cirurgia e uma confiança: a de Luiz Felipe Scolari. Tal confiança faz com que ele retorne em brilhante estilo como Campeão do Mundo em 2002 e como o maior artilheiro do Brasil (superando o Pelé: yes) em copas do mundo. No Real Madrid, é aclamado como melhor da Europa, mais uma vez o melhor do mundo, campeão espanhol e artilheiro da temporada. Em um time de muitas estrelas acaba sendo ofuscado e contunde-se facilmente, em 2006, em mais uma copa é amplamente criticado e o “gordinho” vira motivo de esculacho.
Milan, seu problema com a balança é respaldado por um mau funcionamento na glândula tireóide, emagreceu, cresceu, mas foi vaiado pelos torcedores. Em 2008, novo golpe do destino, no banco no jogo Milan e Livorno, entra no segundo tempo e em sua primeira participação no jogo, ao tentar subir na área para um cabeceio, acabou se lesionando na hora do salto, saindo de campo em seguida chorando. Novo afastamento, nova cirurgia, velhos problemas, antigas criticas, desligamento do Milan, tratamento no Brasil.

Em tratamento, aproveita a vida noturna é alvo de escândalos e novamente seu fim parece evidente. Fala da vontade em jogar no Flamengo, mas fecha com o Corinthians que aguarda sua recuperação, sua estabilidade física e o apresenta no Paulistão 2009. O resto vocês já sabem: Campeão Paulista invicto, melhor jogador com campeonato, onde em 13 jogos já atingiu um terço de sua meta de gols para o ano.

Ídolo nos campos e ídolo também como pessoa, dotado de grande força, determinação e vontade de vencer que traduzem na superação de todos os obstáculos os quais enfrentou, os focos da mídia estão novamente voltados para ele, que com simplicidade, carisma e talento, mais uma vez voltou.

È bom se inspirar em Ronaldo que voltou e você quantas vezes voltou? Talvez aquele jargão de “sou brasileiro e não desisto nunca”, reflitam todas as partidas e voltas deste craque. Mas voltando o olhar para nós mesmos, mesmo sem muitos holofotes, muitas vezes também sofremos com rasteiras, contusões, pressão da “mídia” que nos rodeia e que fazem com que desabemos no gramado, com o grito de derrotado pela torcida e pelos nossos adversários, que nos atordoam e deixam sem força para levantar.

Há, porém, pessoas que confiam em nosso trabalho, no nosso potencial, no nosso modo de encarar a vida e nos dão a mão para levantar e partir para o próximo lance, sendo artilheiros do campeonato da vida fazendo provar a nós mesmos que somos capazes e que se realmente quisermos, o seremos, não importa o que nos atinja.

É preciso voltar! Não interessa o lugar de onde e nem pra onde se vai. Ronaldo voltou para o Brasil, para seu lugar como ídolo, como exemplo. Só falta voltar pra seleção!
E viva o Gordinho!