quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Are Baba, Glória Perez


Porque eu queria um barraco no final.

Final da novela, o computador tentando conectar o canal via internet no meio da aula de Marketing. Ainda bem que a aula tava mais animada que a novela, porque vamos conversar não é mesmo, senhores? Quem gostou do final da novela que me desculpe, mas eu achei um tanto quanto sem sal. Isso mesmo. Fraco, sem muitas emoções, previsível e todo estranho, com um espírito de perdão no coração, o amor exalando no ar, patati e patatá. Eca. Sem graça nenhuma.
E olha que eu sou uma chorona convicta, principalmente em finais de novela (mesmo não acompanhando a novela), sempre fica aquela sensação de “meu deus, o que vai acontecer”, e não aconteceu nada de sensacional.

Tudo bem que se a Maya voltasse para o tal do Bahuan, eu ia ter um surto psicótico, porque ela tinha mesmo que ter ficado com o Raj, mas aquele finalzinho, também me poupe Glória Perez. A coitada até que começou bem a novela, contava com um espírito de revolução frente ao que o costume indiano impunha às mulheres. Ousou, lutou por amor, foi abandonada e teve que enfrentar tudo sozinha. Tudo bem que ela não contou para o Bahuan do tal filho, logo, não tinha como reclamar, mas para quem tinha sido trocada por dinheiro e promessas de riqueza, nem ia adiantar muito mesmo contar pra ele.

E aí, se submeteu. Aos costumes indianos, ao futuro que a família traçou para ela e coitada, sem poder opinar muito, apaixonou-se pelo Raj. O marido que também, tinha um filho fora do casamento, mas que não sofreu criticas de ninguém (porque a Glória não deixou), pela burrada que tinha feito.

Julgou, condenou, se fingiu de morto, ressurgiu das cinzas e por obra de Lord Ganesha fez aparecer uma maquiagem linda e até mudou a cor do sári da mulher, saindo assim como o herói da história porque perdoou os erros da mulher. São Raj, que lindo.

Lindo coisa nenhuma. Eu e 99% das noveleiras queria uma D. R. (discussão de relacionamento), bem apimentada, com direito a cobrança dos direitos iguais pelo filho da firangi estrangeira, explicações infundadas, um bate-boca animado, aí sim depois do circo ter pegado fogo, o beijo ardente do final e não aquela coisa morna e sem emoção que foi.

Saindo do casal protagonista e indo pra naja da Surya. Nessa a autora perdeu as lamparinas de seu juízo. Mais revolta! Quem é que não torcia para ela ser desmascarada no meio do jantar da Família Ananda e ver aquela barriga postiça no chão? O castigo dela foi uma filha, mais um preconceito contra o sexo feminino e que deixou muito a desejar.

E o tal deliquente juvenil, o Zeca. Depois de ter aprontado todas e mais algumas ainda, é condenado a em regime aberto prestar serviços comunitários a crianças e ainda gosta? Ai minha paciência. Outra, tava difícil de acreditar na conversão da Norminha né? A elaboradora do leitinho do Abel, virou e mexeu e continuou na luta, ela não valia nada, mas o coitado e cego gostava dela.

Outra cega foi a Tônia que largou a bolsa de estudos em Berlim para... casar? Sim, eu disse casar. Bom, deixe. Para completar mesmo a sessão de inconformidades pensemos no Shankar que depois de adquirir toda a sabedoria que podia, dominando a naja, resolve virar retirante da Índia, passando a mendigar comida andando descalço e com um cajado torto na mão. Jesus apaga a luz.

Talvez, o final mais legal tenha sido mesmo o da Xanti, que foi a única que não abandonou seus ideais e foi à luta em busca de seu sonho, tá certo que apareceu o tal do Indra, que fez ela repensar o assunto casamento, mas ela não se dobrou aos costumes e dobrou a família inteira.
Ficou parecendo que teremos a Caminho das Índias II, para ver qual é a próxima que a Ivone vai aprontar, quando que a Maya e o Raj vão lavar a roupa suja e quando ele vai conhecer o seu filho com a Duda, ver a próxima sessão de yoga da Melissa, o desfecho do caso Ramirinho e Gabizinha, o castigo ao Komal por ficar jogando joguinho no computador da loja do seu Manu e principalmente ver a Laksmi e Indira dando a lição de moral merecida a Surya. Tá certo que acontecia na Índia, mas por ser em casa brasileira, faltou o barraco no final.

Tempo em Fúria


Desastres naturais, voltam a assustar e custar.

Caos, medo, desabrigo. Essa foi a mistura de sensações e sentimentos sentidos pelos moradores dos municípios do extremo-oeste de Santa Catarina que sofreram com tornados na última terça-feira, dia 08 de Setembro. Foram casas, escolas, galpões e ginásios afetados pela chuva e pelo vento forte.

A cidade de Guaraciaba, próxima a Argentina foi a que mais sofreu com o “fúria do tempo” e registrou um total de 9.100 pessoas atingidas, 667 prédios danificados, 89 feridos e quatro mortes. Dados da Defesa Civil, revelam que o Estado tem 38 municípios em emergência e o processo de reconstrução de tudo exigirá paciência e claro uma boa quantia em dinheiro.
Falando em gastos, um estudo acadêmico coordenado pelo professor Martin Parry da Imperial College London, universidade britânica e realizado pelo Instituto Internacional para Meio Ambiente e Desenvolvimento (IIED) previu que os custos totais da irresponsabilidade humana quanto ao meio ambiente pode subir e muito.

O relatório divulgado na última quinta-feira em Londres, afirma que os custos de adaptar o planeta às mudanças climáticas provavelmente serão duas a três vezes mais altos que os previstos pela Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) em 2007. Neste ano, a convenção da ONU sobre clima orçou um custo de US$ 49 bilhões e US$ 171 bilhões por ano, como “valor adaptativo” das mudanças climáticas até o ano 2030 e onde mais que a metade desse valor teria de ser aplicado em países em desenvolvimento.

Porém, ao fazerem suas considerações, os cientistas não orçaram setores fundamentais, tais como energia, indústria, comércio, mineração e turismo. "Só avaliando detalhadamente os setores estudados pela UNFCCC, estimamos os custos de adaptação entre duas e três vezes mais altos. E se forem incluídos setores que a UNFCCC deixou de fora, o custo verdadeiro é muito maior", afirmou Parry.

O chamado "preço da adaptação" é um dos principais pontos usados para nortear as negociações internacionais sobre mudança climática. Copenhague em dezembro será sede da próxima reunião da ONU, onde analistas prevem dificuldade de acertos e acordos. Nos próximos encontros, eles pretendem discutir um novo tratado internacional para substituir o Protocolo de Kyoto, que estabelece limites às emissões de gases do efeito estufa e que expira em 2012.
Preocupada também com os custos da exploração humana, a França anunciou essa semana um novo imposto para combater aquecimento global. A medida polêmica e nada barata estima que, residências pagarão R$ 45 por tonelada de dióxido de carbono emitida a partir de 2010. O governo francês com a integração do imposto passa a ser a primeira grande economia do mundo a introduzir o imposto e vai incidir gradativamente sobre petróleo, gás e carvão. Os valores cobrados circularão entre 17 euros (o equivalente a cerca de R$ 45) por tonelada de dióxido de carbono emitida e com isso o imposto vai cobrir 70% das emissões no país e trazer 4,3 bilhões de euros (o equivalente a cerca de R$ 11,4 bi) para os cofres públicos a cada ano.

Será que temos na França um pequeno indício de preocupação humana com o nosso ambiente e com a possível possibilidade de vida futura em nosso planeta? Pelo que nos parece sim, já passou da hora de nos esquivarmos das responsabilidades e da nossa eminente culpa, frente à fúria que o tempo anda expressando. Já que destruição e morte não sensibilizam o homem, o único jeito é apelar pelo bolso (se é que isso fará alguma diferença) e enquanto isso não cai na conta, rezar para que o tempo não se volte contra nós.

Salto na liderança.


De trás do fogão para frente das organizações.

É, para o desespero de alguns machões por aí, o sexo frágil está tomando seu lugar no mundo coorporativo. Com muita elegância e criatividade, muitas mulheres estão deixando o tanque e os filhos, para com audácia, determinação e um grande dinamismo liderar as organizações do atual mercado globalizado.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho é um fato consumado e bem. Tal aumento deve-se na queda da fecundidade e a melhor escolaridade das mulheres. O número de mulheres que ingressam no ensino superior deu um salto gigantesco na década de 90 e é cada vez mais crescente. No ano de 2005, cerca 63% dos formandos do país eram mulheres, o que se traduz em mais calcinhas que cuecas competindo por cargos superiores.

Fato que mulheres são líderes por natureza e isso se comprova a questão de conseguirmos ao longo dos anos organizar a casa, cuidar dos filhos, gerir a contabilidade da família, assistir a novela, monitorar o marido e ainda ter um tempinho para fofocar na vizinha. Logo, se um profissional consegue juntar todas essas características, teremos certamente um líder de destaque.

Passado o histerismo do movimento feminista dos anos sessenta e setenta, o avanço feminino continua, mas desta vez atua de forma silenciosa, ascendente e eficaz. Segundo pesquisa Stratégic Compensation Survey, da consultoria Watson Wyatt de São Paulo publicada no site administradores.com.br, muitos setores que anteriormente eram exclusivamente masculino vem perdendo espaço para elas (nós, mulherada), por exemplo a advocacia, já conta com 42,3% do total de advogados do Brasil e 50,5 % dos advogados com até cinco anos de formados. Em torno de 34% dos cargos de comando nos setores jurídicos de grandes empresas são ocupados por mulheres.

A pesquisa "Melhores Empresas para Trabalhar - Brasil", feito pela consultoria internacional Great Place to Work, apontou em 2007 que mulheres ocuparam 44% dos postos de trabalho das cem melhores empresas, sendo que 32% dessas profissionais atuavam em cargos de liderança, índice que era de 11% em 1997.

É extensa a bibliografia que traz sobre o avanço dos cabelos longos, rímel e batom no mercado e consultores de marketing e pessoal e gestão de carreiras, percebem que isto se deve a preparação e oportunidade. E a preparação não se vale somente da formação acadêmica, mas o envolvimento de competências essenciais que diferenciam um profissional de sucesso de um medíocre, outras tais como a capacidade de auto motivação, bom humor, criatividade, capacidade de produzir conhecimento e a liderança nata. Além é claro da oportunidade, que veem sendo mais bem aproveitada por elas, pois tem demonstrado maior “pro-atividade” em relação à busca por uma ascensão profissional.

O especialista em vendas e liderança empresarial, Luis Paulo Luppa, traz que contratar mulheres para cargo de liderança é mais vantajoso, pois a mulher tem uma visão mais detalhada dos assuntos e é mais paciente. Isto somado aos pontos fortes da liderança feminina que conta com uma resistência maior, tanto física como psicologicamente, o que a faz suportar melhor as pressões e ao poder de comunicação e intuição mais desenvolvidos.Assim, mesmo com tantos atrativos e características marcantes, sair de casa e entrar na gerência ainda é para o sexo frágil, uma tarefa árdua, pois além dos desafios organizacionais que precisamos contornar, existe a questão do preconceito, que é latente e faz com que a mulher tenha a necessidade de manter comportamentos impecáveis, provando constantemente sua capacidade e potencial. Desafios à parte, os homens que se cuidem, porque além do fogão com maestria, a gente aprendeu a pilotar também, grandes empresas.

Não deixe para amanhã.

Abaixo a procrastinação.

- Ah mãe, hoje eu estou sem tempo, amanhã eu arrumo o guarda-roupa. E passou o final de semana, tudo veio ao chão. Quem já não soltou essa frase, ou algo parecido do tipo “não vou fazer hoje e vou deixar para outro dia”? É de fato, o senhor humano é procrastinador de suas tarefas, de suas metas, de seus desejos, de seus anseios e de seus sonhos. De acordo com dados da psicologia moderna cerca de 80% das pessoas, conservam o ato de procrastinar, ou seja, o deixar as coisas para depois, amanhã, daqui um mês, ano que vem, ou sabe lá Deus quando.

O ato de deixar para amanhã, pode parecer rotineiro quanto a tarefas de aula, domésticas, ou do trabalho, o problema está no fato de que tal “preguicinha” ser tornar tão aliada a fim de nos afastar dia após dia de nossos objetivos e compromissos na vida. Deixamos pra lá a dieta, a consulta ao dentista, a carta para um amigo, a declaração do imposto de renda, a monografia, o estudar para prova, uma palavra importante, um abraço amigo, um sentimento maior.

Para você aqui que se identificou com o descrito acima, saiba que o postergar tarefas é mais comum do que se imagina. Segundo o psicólogo da Universidade De Paul, Joseph Ferrari, tal comportamento não se trata de algo cultural, mas é uma má conduta intrínseca do ser humano. Joseph, fez um estudo na Austrália, Estados Unidos e percebeu que este é um comportamento tão comum, que a gente já começa o dia o cometendo ficando aqueles cinco minutinhos a mais na cama.

Sr. Ferrari traz ainda que tal comportamento pode ser proveniente e explicado por diversas razões: a falta de autocontrole é uma delas. Tal “razão” faz com que as pessoas acabem adiando atividades as quais deveriam dar prioridade, justamente por agir de forma impulsiva e perder o senso crítico e racional da situação. É aquela, senhores: “eu trabalho bem sobre pressão”. Tudo bem que marcar o gol no primeiro tempo e nos quarenta e seis do segundo é igualmente ganhar o jogo, porém aí é não contar só com a pontaria, mas também com a sorte, logo não seria prudente e nem tudo funciona na pressão e ainda é preciso ganhar tempo.

Tempo. Pois bem, esse pode ser um inimigo ou um aliado. Devemos convir também que tudo hoje em dia é urgente, o trabalho é pra ontem, o relatório já tinha que ter saído, eu preciso e agora, se não eu perco tempo, clientes, contatos e dinheiro e claro até o status. A tendência de pensamento de não poder perder nada faz com que acabemos com uma série de coisas, algumas as quais são fundamentais e imprescindíveis a nossas vidas. Desta forma, convém pensarmos é que nem tudo é impreterível, mas que há uma hierarquia de prioridades e tais tarefas precisam ser executadas com o rigor, a atenção e a dedicação necessária para que seja bem realizada. Logo, é preciso não só estabelecer uma linhagem prioritária, mas é preciso criar um prazo para aquelas tarefas, desejos e sonhos, para que sejam sim executadas e para que não se percam no vácuo do tempo.

Podem os senhores achar que tento relatar uma visão está um pouco prática demais, todavia por mais que conviva com atitudes procrastinadoras em minha vida, tal comportamento encontra-se minimizado por que passei a eliminar a dúvida em minhas decisões. Logicamente, que a ponderação é um fator a ser tomado com total seriedade antes de tomar qualquer decisão e traçar sua linha de prioridades, porém ponderar é preciso e alimentar a dúvida não. Faz-se necessário tomar uma decisão, estar consciente dela e agüentar a sua conseqüência em tempo hábil, pois não somos eternos.

Lembram do papo de semanas atrás de coragem? Que quem tem coragem é aquele que corre riscos, mas consciente do que eles podem nos trazer. Ter coragem não é procrastinador, mas decisivo para quem quer chegar a algum lugar. E isso segundo o Sr Ferrari, está diretamente ligado a nossa baixa autoestima, nossa insegurança, o medo e a dúvida citada acima e tomados por isso podemos acabar até adiando o nosso sucesso.

E no que eu pretendo fazer sucesso? O que me trará a felicidade por completo? A ambição do ser humano por coisas materiais, faz com que ele seja perfeito na execução de compromissos, mas que seja um procrastinador no setor pessoal de sua vida. Acaba adiando abraços, beijos, palavras, afetos, aí senhores nesse caso, o risco de perca pode ser bem pior que o risco de perca de clientes, tempo e dinheiro, a perca aí é de valores e sentimentos que podem nos trazer um imenso sentimento de culpa, e isso, certamente é o que mais assusta, a culpa pelo que não foi feito, pelo não dito, pelo não sentido, por um tempo que não volta mais.

Digamos que esse é um assunto que eu procrastinei bastante para escrevê-lo, mas enfim que está aqui. E para os procrastinadores latentes ou não, aqui vão algumas dicas (as quais irei segui-las com mais afinco): trace sua lista de prioridades, saiba dizer não aos excessos, tente concentrar-se nas suas atividades, procure resolver e não agendar, viver e não procrastinar e sem medo de errar. Além disso, é preciso analisar sempre o lado bom das coisas, assim elas ficam mais fáceis de se resolver, gostosas de se aproveitar e desta forma você não as deixa para amanhã, as faz, sem a culpa de ter deixado-as para trás.