sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Período de Secas



Quem está passando calor aí, ergue a mão! Difícil quem não ande consumindo três litros de água por dia e que não esteja incomodado com as altas temperaturas proveniente do período de seca, o qual estamos enfrentando nos últimos dias. Recordo-me da última segunda-feira, a qual registrou em seus termômetros nada mais nada menos 39ºC e uma umidade do ar tão baixa na qual tinha-se a nítida sensação de estar em uma sauna a céu aberto gerando uma situação que, se persistir poderá judiar nosso bolso e já judia a nossa saúde.
O verão fresco característico da região sul de clima subtropical com a ocorrência de chuvas, anda sendo traído devido aos feitos do aquecimento global, o qual ironicamente sempre esteve muito distante de nós, (porém causado por nossas mãos), mostra cada vez mais suas garras afiadas através do grave período sem chuvas, que nós sudoestinos estamos enfrentando.

Tal situação de seca já a afeta o bolso de parte dos produtores do Estado do Paraná que registram expectativas de diminuição da primeira safra de milho do Paraná 2008/09. Segundo o agrônomo Otmar Hubner, a seca certamente afetará a produtividade. A questão é que o Paraná é o maior produtor brasileiro de milho e com uma redução de área de 7,5 por cento de plantio na safra do ano, a produtividade média estimada já registraria uma queda de 3,5 por cento, a questão da estiagem só agrava o caso, que visualiza um cenário de preços inferiores aos custos de produção, com a crise internacional. Metade a mais da safra paranaense se encontra em fase de floração, o que para acontecer, necessita de uma boa umidade e o que, sem a ocorrência das chuvas, faz com que os orçamentos sejam revistos e revisados.

A previsão do tempo, porém é animadora e alerta para a ocorrência de chuvas ainda para esta semana, onde o fim do tempo de secas beneficiaria não somente os produtores de milho, mas também de soja, produto abundante no estado; além de influenciar diretamente no nosso bem estar físico e emocional.
Impressionante é que somente quando vimos à seca e a estiagem, é que damos o devido e verdadeiro valor às coisas que temos e que perdemos e eu não falo só da seca de chuvas, mas da estiagem de preocupação com o que nos rodeia e nos acontece. Facilmente temos ou conquistamos tudo que desejamos: coisas, objetos, valores e estes tão livremente e de graça em nossas vidas, que nos parecem eternos e seguros, o que os torna insignificantes de preocupação. Entretanto, muitas vezes não admitimos, nem percebemos seu valor, o que nos leva a não compreensão da sua importância em nossas vidas. A idéia de que é só abrir a torneira e ali está água, que é só correr pro abraço que o carinho vai estar sempre ali, que é só esquentar de mais que Deus vai mandar a chuva para a plantação; nos é tão cômoda que palavras como perda e falta e ausência não aparecem em nosso dicionário, por parecer que tudo nos é seguro e estará sempre ao nosso alcance.
Porém, a constatação é triste, nada vem de graça e a seca é a revelação que algo faltou. Seja a falta de chuva que deixou o clima quente, seja a umidade que secou a garganta, seja o abraço que perdeu o calor. Se não fizermos nossa parte cuidando da natureza, não teremos chuvas e a colheita ficará comprometida; se não enchermos a garrafinha de água, não teremos água gelada e passaremos sede; se não zelarmos por nossos queridos perderemos seu carinho e deste modo, a seca afetará nossa vida, nosso bolso, nossa saúde e nosso bem estar.

Não é só culpar o aquecimento global, a irresponsabilidade humana ou a falta de afeto, é tudo relação de causa e conseqüência e para evitar a seca tudo sempre tem uma solução, é só fazer a sua parte, que os frutos certamente serão colhidos.

Um comentário:

Anônimo disse...

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