quinta-feira, 5 de junho de 2008

E as atitudes?

Publicada no Jornal Liberal de 30/05/2008


Senhores, antes de começar meu raciocínio desta semana, gostaria de relembrar, o tema da primeira “Vôo Livre” do ano de 2008. Recordam-se? Listei cinco atitudes as quais teriam função melhorar o nosso bem estar e o de nossos descendentes. E ao findar o quinto mês do ano, bem que poderíamos dar uma analisada em nossos atos e avaliar se nossos gestos estão condizendo com as promessas de Ano Novo, não é mesmo?
Dentre os compromissos que propus, destaco, especialmente essa semana, o: número um: separar o lixo e número três: utilizar menos sacolas plásticas. É fácil perceber que todos eles estão relacionados com o Meio Ambiente e, assim ao comemorarmos na próxima semana, a Semana do Meio Ambiente e seu Dia Internacional no dia 05, nada mais coerente do que a retomada desses propósitos.
Segundo pesquisas e levantamentos do AJUDA BRASIL, a quantidade de lixo produzida semanalmente por um ser humano é de aproximadamente 5 Kg. Só o Brasil produz 240 mil toneladas de lixo por dia. O aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e ao perfil de consumo de uma população: quanto mais produtos industrializados existir, mais lixo é produzido. Aí é que mora o problema, a atual sociedade tecnológica aprimora e cria cada vez mais produtos industrializados, fazendo com que os números só aumentem, o que agrava ainda mais o problema pois a população não separa o lixo e são poucos os governos e entidades que se preocupam com o problema do lixo brasileiro.

Pensando como agimos com o lixo em nossas casas e nossa cidade, vemos a presença da solução para eles, as vilãs de plástico, que fazem com que comércios gastem abusivamente em sua compra e que nossas casas fiquem sobrecarregadas das mesmas: as sacolinhas. Já ouvi uma série de contestações e algumas defesas em favor delas, o fato é que elas podem ser reutilizadas e úteis, mas seu uso é abusivo. Às vezes vamos aos supermercados e para um produto ganhamos três sacolas, devido à fragilidade na fabricação da mesma.

A matéria-prima das odiadas sacolinhas é o plástico filme, produzido a partir de uma resina chamada polietileno de baixa densidade. No Brasil, segundo a AGENDA AMBIENTAL (2006), são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, o que já representa 9,7% de todo o lixo do país. Como o destino de cerca de 90% delas são o lixo, elas acabam abandonadas em aterros onde impedem a passagem da água retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis e dificultando a compactação dos detritos. Outro fator que agrava a questão é que a descoberta desse material é recente e por isso ainda não se determinou precisamente quanto tempo demora a sua decomposição, mas sabe-se que é superior a 100 anos e que o potencial de danos ao meio ambiente exercido é de altas proporções.

Lembro também senhores, que qualquer tipo plástico é obtido a partir do petróleo e os fatos presenciados pela humanidade quanto à posse de petróleo não nos trazem boas recordações. Além dos conflitos do petróleo, o acúmulo de lixo em grandes aterros compromete a qualidade do ar, que faz com que gases poluentes se acumulem na atmosfera, degradando a camada de ozônio, prejudicando a filtragem dos raios solares, o que contribui para o aquecimento global. Viram só? Nossas ações estão contribuindo para os atuais desastres naturais que estão dizimando em grande proporção à população mundial.

Caros, o problema é velho, a consciência é falha e o conhecimento das atitudes: arcaico. Porém, todos encaram o problema de maneira que só o carro do outro que emite poluentes e só as sacolinhas de São Paulo que poluem o Tiete. Abri os olhos senhores e revejam seus conceitos. Preservar, separar e economizar para manter. E nada de faça a sua parte, faça a sua e a do outro, atitudes conjuntas surtem mais efeitos que as isoladas.

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