quinta-feira, 12 de junho de 2008

A competitividade do mercado amoroso

É mais do que sabido por todos que vivemos em uma estrutura comercial que sofre com a tensão dos altos e baixos do mercado. A necessidade de se oferecer produtos e serviços que satisfaçam ao gosto, ao perfil e ao bolso do consumidor é percebida através dos níveis de oferta e demanda desses produtos e serviços.

Segundo rege a Economia, demanda é tudo aquilo que um consumidor almeja adquirir em um tempo, é o desejo do consumidor. Essa demanda sofre influência do gosto do consumidor, do preço do bem desejado, sua relação com o preço de um bem substituto e a relação de seu preço com o poder de compra do consumidor. Já a oferta é a quantidade de bens, produtos ou serviços que seus produtores desejam vender.

Essas duas forças por vezes podem entrar em conflito fazendo com que o preço dos produtos seja regido pela oferta, que oferecerá pouco para o mesmo elevar-se, e pela demanda, que almejará muitos produtos para ele chegar a preços mais acessíveis. Assim produtos vendidos em épocas de Dia dos Namorados (12/06: flores, perfumes, cartões apaixonados, lingeries, ursinhos de pelúcia) e subseqüentemente Dia dos Encalhados (13/06: caixas de chocolate, locações de filmes românticos, garrafas de wiskhy) tendem a ficarem mais caros, pois a demanda pelos mesmos aumenta em uma proporção muito maior que o aumento de sua oferta.

Logo, em tempos de grandes de aumentos na venda, não somente os fatores de demanda e de oferta devem ser analisados, mas a competitividade deve ser levada em conta. Para Christian Luiz da Silva, professor da FAE, economista, mestre e doutorando em Engenharia de Produção pela UFSC, a competitividade do mercado deve ser mais que um objetivo, e sim uma necessidade. “Capacidade de competir em meio às freqüentes variações do mercado é fundamental às empresas”. Para ele competitividade é um conceito dinâmico onde, para acompanhar o complexo processo concorrencial, as empresas devem ter um olho no passado – para fortalecer os acertos e não repetir erros; os pés firmes no presente – para posicionar-se com segurança diante da instabilidade do mercado; e um olhar atento para o futuro – para promover os ajustes necessários.

Diante dos complexos processos concorrenciais e da aproximação das datas comerciais do mês de Junho, temos uma grande elevação da demanda de um produto que anda escasso no mercado: candidatos a namorados e namoradas.

Há controvérsia sobre quais são os fatores que estão gerando esse desequilíbrio no mercado, entre tantas ressalto o gosto do consumidor, fator aliado à oferta de “mercadoria” disponível no mercado, poderia ser uma justificativa para o aumento da demanda de candidatos a namorados, o que leva a pensarmos sobre a competitividade dos produtos (pessoas).

Será que os produtos que estão sendo oferecidos são de agrado do consumidor? É possível que, os produtos que atualmente andam “disponíveis” não atendam as necessidades do público alvo. Todavia, é considerável também que o poder de compra do consumidor seja inferior ao ofertado e conseqüentemente esteja fora do que o mercado está apresentando.

Tudo bem que os opostos se atraem, mas diante da competitividade descrita pelo Professor Christian, os produtos têm que se manter dinâmicos e atualizados, favorecendo acertos e demonstrando-se seguros e atentos ao desejo de quem os necessita.

A competitividade muitas vezes caminha de mãos dadas com a instabilidade e o mercado necessita de produtos que correspondam à expectativa global. Seja no mercado econômico, seja no mercado amoroso. Expectativa? Moldar-se às necessidades do mercado? Aí, para cada cabeça uma sentença: manter-se fiel aos princípios e gastar no 13 ou ser mais maleável e gastar no dia 12. O que vale lembrar é que existem produtos encalhados em prateleiras, e de boa qualidade.

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