terça-feira, 29 de maio de 2007


“Porque não eu, aháááá; porque não eu!”. Relembrando um antigo sucesso do Kid Abelha, Leoni demonstra como os jovens corações estão sofrendo os males de uma pseudo-solidão. Liderando o ranking das músicas: “Aindavouteralguémparamim”, ela inspira dores de cotovelo e memoráveis sessões pipoca mais comédias românticas entre AMIGAS. Para tanto, no último domingo o quadro apresentado pela atriz Fernanda Lima: Daqui pra Frente do Programa FANTÁSTICO da Rede Globo apresentou uma das conflitantes questões amorosas dos jovens do século XXI.
Nos bancos de faculdade, mesas de bar e no trabalho, colegas de 20 e poucos anos de idade concordam comigo: nessa faixa etária surgem as mais intrépidas e miraculosas teorias sobre o mau que atinge a faixa: a solteirísse aguda. A solterísse aguda acolhe TODOS os jovens lhes oferecendo uma vida de prazeres: festas, baladas, encontros e flertes.
Até os mais conservadores já ouviram a expressão: “PEGAR”. Pois bem, a faixa etária dos 18 aos 28 (dependendo do caso até 30 e lá vai bolinhas) está abraçando essa onda. O ficar sem compromisso, no começo é uma beleza; mas a questão é: uma hora cansa e quem cansa são as mulheres. Pensando em um futuro estável com almoços de domingo em família é necessário pensar em juntar escovas de dente.
Junto com as baladas vem a estabilidade financeira. Fazer faculdade, se formar, conseguir um emprego estável, com uma boa remuneração, carro, casa, aí sim: VIDA AMOROSA. È meus caros, mas diante do cenário econômico mundial, nem todos conseguem isso antes dos 30, aí o conhecer, se apaixonar e ter uma relação parece ficar cada vez mais fora do alcance. O casamento que antes era aos 20, fica para os 35 e quase sempre não sai. Surge então a questão: A nossa geração está ou não caracterizada como novos velhos e encalhados?
Segundo o que nós mesmos sabemos e o que demonstrou a reportagem do Fantástico: na nossa idade (20 e poucos), nossos pais já estavam casados faz tempo, e com filhos! Diante disso, vem à cobrança do sistema, de nós mesmos e das tias de longe que vêm visitar a gente de vez em quando: Cadê o namorado? E desculpem-me se utilizei a palavra somente no gênero masculino, mas a preocupação com assuntos de cunho amoroso e sentimental é quase que estritamente das mulheres.
Não é nada difícil, vermos amigas, beirando os 25 anos de idade, praticamente a beira de um ataque de nervos e literalmente se jogando no chão para pegar o buquê no casamento da sua última amiga solteira. O que antes era a busca pelo príncipe encantado passa a ser pelo primeiro sapo com disposição de ser beijado, mas o que impede a alegria da perereca ou a princesa, é a dificuldade em encontrar machões que tenham a mesma idéia. Aílton, um psicólogo entrevistado na reportagem fala: “Eu tenho pacientes que são mulheres lindíssimas que se desesperaram e aí é bobagem. Elas passam a correr atrás dos caras e pressionar os caras, quando elas tinham condições de os caras correrem atrás delas e pressionarem elas”.
Na pesquisa de Ailton: 37% dos jovens casais são pessoas que já se conhecem: amigos, colegas de trabalho; 32% são pessoas que foram apresentadas e somente 20% que se encontram na noite em barzinho e baladas. Logo, qual seria a solução para o problema que aflige Danielas, Renatas, Catianis e Marianas? Ficar em casa e esperar o recado no orkut e a mensagem no msn? Ir pra balada e se divertir com os errados? Sonhar aquele Amor Platônico do Ensino Médio que nunca te deu bola? Para cada cabeça uma sentença, só não esqueçam que o tempo passa e casado ou solteiro o que importa é estar apaixonado pela vida e se acostumar com a palavra titia: que apesar de assustadora é bem meiga e carinhosa!
Bye Beibes!

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