terça-feira, 29 de maio de 2007


Certamente, os senhores já ouviram a seguinte citação que diz: PENSO, LOGO EXISTO; Ela foi pronunciada por volta de 1630, por René Descartes, que foi um importante filósofo, físico e matemático, que dentre outras contribuições, inventou o Sistema de Coordenadas Cartesiano e inseriu um trabalho extraordinário para a construção da Filosofia, sendo considerado o fundador da filosofia moderna.
O pensador inicia seu itinerário espiritual com a dúvida, contudo ele reflete que nenhum objeto de pensamento resiste à dúvida, mas o próprio ato de duvidar é indubitável. O pensar de Descartes marca o nascimento do idealismo na filosofia: o sujeito pensante e suas idéias como o fundamento de todo conhecimento. No desenrolar de suas teorias, traz a visão de que o cosmos poderia ser entendido como um relógio e que a natureza seria então uma máquina, onde bastava desmontar as peças e entendê-las para compreender o todo.
Descartes foi pioneiro. Depois dele vieram muitos que o apoiaram, o condenaram e até derrubaram algumas de suas teorias, como o mecanicismo sendo rebatido pela holística (escola que parte da idéia que da totalidade e a influência desta totalidade em cada parte, dando ênfase nas interações existentes entre elas, tudo funcionando em conjunto, onde cada parte auxilia e influencia no todo), trazendo uma EVOLUÇÃO do pensamento.
Compreendendo que tudo se renovando com o passar dos anos, não é difícil imaginar que o Mundo espere por mais Descartes, Einstein ou Sócrates. No entanto, nos deparamos com a customização da frase de Descartes: PENSO, LOGO DESISTO. É senhores, pensar ficou difícil demais! È indignante, porém é a nossa realidade.
Se olharmos para trás e vermos quantas conquistas nossos antigos filósofos e cientistas fizeram nos velhos tempos, em que não existia computador, internet ou celular, vemos o quanto estamos sendo inúteis para o enriquecimento das Ciências! Sim, foram eles que pensaram e desenvolveram todas essas tecnologias, que as aperfeiçoaram e muitos ainda estão na busca de novidades; porém, a inovação trouxe a comodidade. Trazendo para a nossa realidade, é comum dentre os adolescentes, jovens e adultos (sim, adultos), que preferem ACEITAR, ENGOLIR, CONFORMAR, a questionar, criticar e mudar coisas que lhes parecem “duvidável”. Pensar: parece que dói, dá preguiça ou é chato demais.
A solução de tudo, qualquer dúvida ou questão é respondida no: “Google nosso que estás na Internet, santificado seja o resultado de suas buscas, venha a nós as notas azuis no boletim”. A modernidade anda educando, mas não ensinando. O que fazer? Ainda temos, dentre nossas crianças e jovens, aspirantes a: Platão, Isócrates, Jean Paul Sartre; mas muitos são discriminados por optarem por saberem ou querem aprender. Será que estamos diante de uma atualização da frase de Descartes: PENSO, LOGO SOU BREGA?! Bem, isso é assunto para outro rasante.
bjos beibes!

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