terça-feira, 6 de outubro de 2009

Em meio a crise, a valorização.



Real cresce 31,44%.

Enquanto uns ressuscitam, outros ainda se afundam, o fato é que a crise possibilitou um crescimento considerável a economia brasileira, somado ainda com uma sensível valorização da moeda.
Segundo dados da OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico e registros da Moody´s Agência o crescimento da economia brasileira de 1,9%, agora no 2º trimestre, representa um dos melhores resultados entre países que estavam em recessão.

Nosso país, teoricamente perdeu em crescimento somente para a Turquia que alcançou o crescimento de 2,7%, onde a economia lá havia encolhido durante quatro bimestres, diferentemente do Brasil, onde foram somente apenas dois meses.

Dentre as economias que desenvolveram seu PIB no segundo trimestre se destacam: o Japão com 0,9%, a Polônia com 0,5%, a Alemanha e a França com 0,3%, índices que comparam os valores do Produto Interno Bruto de 2008 e 2009 no mesmo período. A solução no Brasil foi um crescimento encabeçado pelo consumo interno, já no Japão por exemplo, o impulso veio pela demanda externa e pelos maiores gastos do governo.

Porém, enquanto uns crescem outros ficam estacionados, é o caso do México, Canadá, Grã-Bretanha, Chile, Estados Unidos e União Européia que ainda continuam em recessão, sendo que a Grã-Bretanha, é um dos países mais afetados pela crise financeira internacional, registrou uma queda de 0,7% do PIB no 2º trimestre.

Além do crescimento após a recessão e o despontar da primeira economia da América Latina a reerguer-se, o Brasil contou ainda com uma valorização da moeda de 31,44% em relação ao dólar, tal índice que foi o maior entre oito moedas comparadas pela consultoria Economatica.

O real foi comparado com moedas de sete paises latino-americanos Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Venezuela e México e também, o euro. Diante das análises, percebeu-se que em 4 de janeiro, o dólar estava cotado a R$ 2,27 e na última quinta-feira, dia 01 de Outubro, o valor negociado era de R$ 1,77.
Seguido do real, o peso chileno apresentou a segunda maior valorização no período, de 17,01% e o peso argentino foi a única moeda a apresentar desvalorização nos primeiros nove meses do ano, de 9,87%.

“Tal quadro demonstra que os investidores estão vendo o Brasil com bons olhos", afirma o economista André Sacconato, da Tendências Consultoria, que traz ainda que a trajetória de valorização do real mostra que estamos nos recuperando bem da crise econômica mundial.
Esse movimento além de evidenciar o crescimento do real, mostra que o dólar está perdendo força no mundo, em decorrência de fatores como a grande liquidez resultante dos pacotes de estímulo à economia em vários países e dos juros baixos nos Estados Unidos.

A valorização promoverá além de benefícios nos resultados das empresas listadas em bolsa que tiverem suas dívidas atreladas à moeda americana, um reflexo na diminuição do estoque das dívidas quando convertidas a reais.

Para o Brasil, a valorização do real é positiva para empresas importadoras, que têm seus custos calculados em dólar, e deverá ter reflexo na modernização do parque industrial brasileiro, ponto pra gente.

Nenhum comentário: