quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Salto na liderança.


De trás do fogão para frente das organizações.

É, para o desespero de alguns machões por aí, o sexo frágil está tomando seu lugar no mundo coorporativo. Com muita elegância e criatividade, muitas mulheres estão deixando o tanque e os filhos, para com audácia, determinação e um grande dinamismo liderar as organizações do atual mercado globalizado.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho é um fato consumado e bem. Tal aumento deve-se na queda da fecundidade e a melhor escolaridade das mulheres. O número de mulheres que ingressam no ensino superior deu um salto gigantesco na década de 90 e é cada vez mais crescente. No ano de 2005, cerca 63% dos formandos do país eram mulheres, o que se traduz em mais calcinhas que cuecas competindo por cargos superiores.

Fato que mulheres são líderes por natureza e isso se comprova a questão de conseguirmos ao longo dos anos organizar a casa, cuidar dos filhos, gerir a contabilidade da família, assistir a novela, monitorar o marido e ainda ter um tempinho para fofocar na vizinha. Logo, se um profissional consegue juntar todas essas características, teremos certamente um líder de destaque.

Passado o histerismo do movimento feminista dos anos sessenta e setenta, o avanço feminino continua, mas desta vez atua de forma silenciosa, ascendente e eficaz. Segundo pesquisa Stratégic Compensation Survey, da consultoria Watson Wyatt de São Paulo publicada no site administradores.com.br, muitos setores que anteriormente eram exclusivamente masculino vem perdendo espaço para elas (nós, mulherada), por exemplo a advocacia, já conta com 42,3% do total de advogados do Brasil e 50,5 % dos advogados com até cinco anos de formados. Em torno de 34% dos cargos de comando nos setores jurídicos de grandes empresas são ocupados por mulheres.

A pesquisa "Melhores Empresas para Trabalhar - Brasil", feito pela consultoria internacional Great Place to Work, apontou em 2007 que mulheres ocuparam 44% dos postos de trabalho das cem melhores empresas, sendo que 32% dessas profissionais atuavam em cargos de liderança, índice que era de 11% em 1997.

É extensa a bibliografia que traz sobre o avanço dos cabelos longos, rímel e batom no mercado e consultores de marketing e pessoal e gestão de carreiras, percebem que isto se deve a preparação e oportunidade. E a preparação não se vale somente da formação acadêmica, mas o envolvimento de competências essenciais que diferenciam um profissional de sucesso de um medíocre, outras tais como a capacidade de auto motivação, bom humor, criatividade, capacidade de produzir conhecimento e a liderança nata. Além é claro da oportunidade, que veem sendo mais bem aproveitada por elas, pois tem demonstrado maior “pro-atividade” em relação à busca por uma ascensão profissional.

O especialista em vendas e liderança empresarial, Luis Paulo Luppa, traz que contratar mulheres para cargo de liderança é mais vantajoso, pois a mulher tem uma visão mais detalhada dos assuntos e é mais paciente. Isto somado aos pontos fortes da liderança feminina que conta com uma resistência maior, tanto física como psicologicamente, o que a faz suportar melhor as pressões e ao poder de comunicação e intuição mais desenvolvidos.Assim, mesmo com tantos atrativos e características marcantes, sair de casa e entrar na gerência ainda é para o sexo frágil, uma tarefa árdua, pois além dos desafios organizacionais que precisamos contornar, existe a questão do preconceito, que é latente e faz com que a mulher tenha a necessidade de manter comportamentos impecáveis, provando constantemente sua capacidade e potencial. Desafios à parte, os homens que se cuidem, porque além do fogão com maestria, a gente aprendeu a pilotar também, grandes empresas.

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