quinta-feira, 12 de março de 2009

Life is short.


Mas, antes brega do que corno.

Com muito ou nada para celebrar (na opinião das mais feministas), o domingo passado foi “comemorado” o Dia Internacional da Mulher. Muitas foram lembradas e celebraram o dia entre flores e alegrias, mas com certeza, a maioria passou um dia mergulhado em um melodrama mexicano: foram esquecidas em seu dia. Tudo bem que assimilar o esquecimento masculino de datas importantes já devia ser normal para as mulheres, mas o fato é que adoramos um drama, necessitamos ser paparicadas, agradadas e amadas: exclusivamente! Ou não?!

O fato para tal questionamento veio depois que ficar praticamente ruborizada com uma reportagem da última revista Super Interessante, que entre as suas páginas trazia uma matéria com o seguinte título: O amor em tempos de chifre. O destaque da capa era ainda pior: A era dos cornos. Acredito que como eu, os senhores ficaram extremamente curiosos e atiçados em saber qual seria o teor das páginas e para meu deleite não houve mesmo pegadinhas, o negócio era mesmo sério, quer dizer não era nada sério, tratava-se de safadeza pura.

Segundo a reportagem, uma comunidade virtual canadense incendiou a ira de muitos nova-iorquinos com a exposição de um anúncio em plena Times Square com os seguintes dizeres: “Life is short. Have in affair”. Em bom português: A vida é curta. Tenha um caso. Sim senhores, a ideia do site era exatamente essa fomentar um divertido encontro com filiais, sem abandonar as matrizes.

E nada de achar que a coisa é só pro lado masculino, os homens que fiquem alerta: para minha surpresa (mais uma), a revista trazia que o índice de traições cresce mais entre mulheres do que com os homens! Certo que, a vitória ainda é indiscutivelmente deles, pois segundo pesquisas 3 em cada 5 deles possui genes pré-dispostos a traição e ainda toda aquela história de auto-afirmação por causa da poligamia e tempos históricos e evolução e talls, faz com que a traição seja normal (ok, normal não, seja encarada com menos revolta) quando parte de homens, mas as fêmeas não andam ficando para trás dos machos: o índice de galhos cresce também na cabeça deles.


A traição feminina é justificada pelo avanço da mulher na sociedade. A modernização da mulher fez com que ela, mesmo não saindo da cozinha e do tanque, alcançasse o escritório, a gerência, os bancos universitários e elevou o seu estado de Rainha do Lar para Rainha de Vários Lugares e principalmente Rainha de si mesma. A exigência feminina na escolha do parceiro, já é fato histórico comprovado e o crescimento de seu potencial social, econômico e intelectual a fez querer não somente o príncipe encantado, mas o administrador, o dominador, o intelectual e antenado homem do século XX, logo os mais conformados e acomodados: dançam passivamente com um pesinho na cabeça.


Já os homens que se mantém firmes e globalizados com a mudança das mulheres contaram com a ajuda da tecnologia para maltratar e arrepiar os cabelos de suas esposas ou namoradas: trair para eles ficou fácil, é só usar o celular, o orkut, o msn! Logo as inertes apaixonadas sem um par de olhos arregalados também dançam.


Para os adeptos de um pensamento de casamento e um até a morte os separe, a coisa tá feia, principalmente porque quando se está apaixonado é impossível de admitir que isso exista. Porém, é possível senhores! A ciência explica que nosso cérebro possui áreas diferentes para desejo, amor e o apego: logo, (só para a ciência, não para mim e para doze em cada dez mulheres), é aceitável estar com uma pessoa, apaixonado por outra e ainda alimentar desejo por uma terceira, e isso vale para os dois sexos.
Mas aí o que explica que a incidência masculina seja ainda maior? Primeiro é que fidelidade e amor são palavras com raízes no feminino e que, mesmo para trair a mulher é mais seletiva! No caso delas a procura é grande, mas a oferta nem sempre atende as expectativas do consumidor e ela não hesita de ir trás de um que satisfaça as suas esperanças. Entretanto, para eles a procura não é tanta assim não, como diz um amigo meu: se deu mole, eu sou obrigado, e nesse caso se há oferta, há procura e há a concretização do negócio.
Opiniões e crises de riso à parte com a leitura da reportagem, eu e alguns amigos (sim, mulheres e também homens), chegamos as seguintes conclusões: Globalização sim e Life is short: yes! Porém, ando preferindo ser brega e atrasada no tempo, pois acredito em viver plenamente a curta vida, sem esquecer que vale muito mais ser uma solteira desencanada do que uma compromissada desconfiada.
Pollyanna Gracy Wronski é Bióloga, Professora, Acadêmica de Ciências Contábeis e depois dessa reportagem seu estado civil é desinteressada.

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