sábado, 24 de janeiro de 2009

Temdiasqueachoqueseilá


- Putz, Polly em casa em uma sexta à noite?

- Pois é, eu até sai com uma amiga. Fui em uma lanchonete, tinha música ao vivo.

- E não tava bom?

- Tava, cheio de gente, música legal e bem animada.

- Tá mas e porque veio embora?

- Não sei, sabe quando alguma coisa te puxa embora? Decidi que tinha que vim pra casa.

E na decisão de ir embora, caminhadas solitárias na sexta-feira à noite me foram muito proveitosas, levaram a sábados de madrugada de manhã cheios de teorizações, enfim, temdiasqueachoqueseilá, hoje é um daqueles. Bem, há quem diga que eu ando exagerando demais nas minhas nos últimos dias, minha mente anda mais foraz que a do Bobby do desenho e trabalhou até em sonho.

Às vezes eu acho que deveria ter feito psicologia, por teorizar e raciocinar demais, mas eu falo demais, então: coitados dos meus pacientes. Mas o fato é que, infelizmente nao temos uma bolinha de cristal para adivinhar aquilo que é melhor para nós: se ficar no bar ou ir caminhar, ou ir pra casa ler um bom livro. Se o melhor caminho é a biologia ou a contabilidade, se devo optar pelo banco ou colégio, se vestir preto ou roxo, se cortar o cabelo ou pintá-lo de vermelho, se falar ou calar, se jogar ou esperar mais uma rodada: não sabemos o que é melhor sem ao fato arriscarmos a provar o que nos oferecem.

Ai a gente pensa que o que é nosso tá guardado e às vezes nos acomodamos por entregar as coisas ao acaso, como se elas se encaminhasse por si só. Aí você vê as oportunidades passarem na tua frente e naquela que "tudo vai dar certo e vai vir pra mim", fica de mãos atadas e perde aquela chance. Canário, é díficil entender como as coisas acontecem ao nosso redor, se quem cala consente ou quem é porque realmente não tem nada a dizer.

Cara, quando eu olho pra trás eu vejo cada cabeçada que eu já dei na vida, cada coisa que eu deixei passar, cada acontecimento que eu deveria ter deixado passar e me joguei, que às vezes cultivaram a raiva, o rancor, o arrependimento do ter ou não ter feito, mas que com o tempo certo, fizeram as coisas se esclarecerem pela questão que tudo que nos acontece, tem uma função específica em nossa vida. Seja sair ou ficar em casa, seja dormir ou ficar olhando a lua e perder seu eclipse. Porém, creio também no fato de que senão de fato movimentarmos as pernas, nunca saberemos se tem mesmo um pote de ouro no final do arco-íris ou se tudo não passa de lenda.

Ando vendo muita gente demais e por impulso e outras que mantém-se paradas e insistindo no mesmo erro e isso muito me faz pensar nas minhas atitudes. Será que estamos no caminho certo? Será que agimos de forma correta?

Não sei, só sei que ontem eu tinha que vir pra casa, não sei porque, amanhã talvez eu entenda.
FRASE DO DIA: "Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite". (Clarice Lispector, sempre Clarice)

2 comentários:

Cleber Rocha disse...

Parabens... Seu blog está incluído agora na minha longa e organizada lista de favoritos. :D

Bjos

Seile Manuele Corrêa disse...

Há dias não passava em seu blog. Estava viajando. Um tempo para meu tempo virtual. E surpreendi-me com a nova cara que você deu à ele. Muito mais alegre e, acredito, muito mais parecida com a imagem da POlly Fashion que tenho.

A verdade é que como todas as outras vezes,esse ponto de reflexão onde você parou para tirar o texto publicado é o mesmo que a maioria das pessoas para prá tentar entender: Por queê isso, por quê aquilo... A impaciencia que nos oferece conclusões precipitadas sobre o que somente o tempo poderá esclarecer.

Deveras interessante. Hoje, talvez, não haja muito prá comentar... Deixa vir o amanhã e entenderei porque muitas palavras de repente fogem e não conseguem ser escritas... simplesmente...

Abraços Polly.
Visitarei você mais vezes por aqui!