sexta-feira, 2 de março de 2007

A Incompatibilidade


Publicada no Jornal Liberal de 02/03/2007


Investigando alguns jornais nessa semana, chamou-me a atenção, a versão on line do Jornal O POVO, de Fortaleza a coluna de Ana Rachel e Paula Lima, que trazia o seguinte título: Vai ser pra sempre ou só quando durar a marchinha? As linhas por elas escritas traziam à toa o assunto de todos os carnavais: amor de verão não sobe a serra. E é verdade.
Garotas podem me massacrar, mas de dez em dez vezes: a culpa é nossa. A questão é que em pleno século XXI, mesmo com o avanço tecnológico, a crise econômica, o aumento da tinta de cabelo, a quebra de estereótipos, a provável (e terrível) vitória do Diego no BBB7: as mulheres avançaram, progrediram, evoluíram. Mas, ainda estão em busca do par perfeito, que a complete e fique só com ela a vida inteira.
No carnaval, por exemplo, todo mundo com o mesmo discurso: curtir, paquerar, ficar e nada de compromisso. Na primeira noite do a-la-la-ô! A odalisca encontra o sheik e percebe que ele é o Rei da Arábia. É carinhoso, delicado e ela acha que nasceram um para o outro. Aí, entra em ação a fértil e voadora imaginação feminina. Porém, chega a quarta feira de cinzas. E agora? Agora nada. O príncipe some e vira sapo e o sheik tem um harém! Não vai consolar, mas a ciência e a evolução explicam o problema.
Qual são as funções dos animais sobre a terra? Sobreviver e Reproduzir. Pois bem, o macho, tem como sucesso evolutivo à perpetuação da espécie. Como ele consegue isso? Copulando com várias fêmeas e não uma só! Segundo o mito da Monogamia, de David Barash e Judith Lipton, um ornitólogo e uma psiquiatra, casados há 25 anos, monogamia é raríssima na natureza e não é achismo não; é teoria cientifica montada com base em observações. Os cientistas já sabiam há muito tempo que os mamíferos, em geral, não são chegados a arranjos monogâmicos. Porém, sempre se pensou que as aves e os seres humanos eram únicos nesta escolha por um parceiro exclusivo. Mas, com o avanço dos exames de DNA, ornitólogos do mundo inteiro perceberam que, apesar das aves formarem casais monogâmicos “de fachada”, seus ninhos apresentavam filhotes de pais diferentes.
Contudo, vem inserida na história a questão da cultura, a sociedade, que restringem a questão da poligamia (graças a deus), sendo que a maioria dos seres humanos, destinados a copularem por toda uma vida com um só parceiro. Entende-se, portanto, as frustrações e desgostos das fêmeas, que possuem anseios diferentes dos machos. É a história: a necessidade da fêmea é sentir-se protegida e estar inserida no meio onde possa depositar todo o seu cuidado parental em sua prole, nada a ver com o macho.
Passa Carnaval e as Gatas Borralheiras choram as mágoas porque o Príncipe não voltou com o sapato de cristal. E o que fazer para alcançar o sucesso evolutivo? Primeiramente, compreender que existem opiniões e vontades DIFERENTES em espécies iguais; e que a adaptação é PRIMORDIAL para a evolução do homem.


Bom final de semana à todos!


Um comentário:

Unknown disse...

eee pollyyyy
e vamos lutar contra os "príncipes"
e vamos achar o sapo
(estaria certo este pensamento?)
claro que sim
os príncipes normalmente estão disfarçados pela timidez tornando-se os sapos
e os sapos estão disfarçados de príncipe pq acham que o mundo está na palma da mão deles
mas tudo isso se resume em
não existe homem perfeito!