Um
dia nascemos e nascemos frágeis inseguros, desprotegidos e não sabemos andar.
Aos poucos vamos crescendo, nos firmamos no colo da nossa mãe, somos firmes, em
seus braços, nos reconhecemos no mundo, mas não temos nenhuma possibilidade de
conquistar o mundo.
Firmes
de corpo, tímidos, gatinhamos pelas calçadas da vida. Nossos sentidos começam a
aguçar a fim de querer conhecer o espaço que nos rodeia e ansiosos por quer
conhecer o mundo, ousados a firmar os primeiros passos sozinhos. Entretanto,
pequenos e sem conhecer o chão em que pisamos voltamos nossos braços para os
braços da mãe, porque temos medo de caminhar e cair.
Jovens,
aprendemos a andar e achando que nossos passos estão firmes, desafiamos o
caminho e tentamos correr, pé inteiro no chão, tênis nos pés e no coração a
vontade de descobrir este mundo que fomos forçados a conhecer. Corremos e,
descobridores, aumentamos a velocidade, experimentamos retas e curvas, grandes
e pequenas distâncias. Asfalto, calçamento, estrada de chão, nossos pés
ansiosos e curiosos, conquistam tudo: estradas, histórias, vitórias e derrotas.
E
depois de correr, conhecer, experimentar, descobrir e desafiar, conhecemos o
caminho, sabemos onde pisar, como pisar e porque pisar e desta forma, ousados
como somos e doutores de nossas vontades e anseios, subimos no salto. Do alto,
vemos o caminho diferente, somos capazes de aguentar os calos que os calçados
nos trazem, somos capazes de aguentar a dor do peso das pernas e a pressão do
salto e pisamos firme, olhos ao horizonte, aprendemos a caminhar e não importa
mais a queda, o caminho ou a velocidade, importa é que aprendemos a caminhar.
É
assim que me sinto hoje, feliz, de salto, sabendo bem andar e como andar, é o
que a idade e somente a idade nos traz.
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