E as mentes brilhantes,
aparecem cada vez em menor número. Os alunos notas 100, que se destacam, são
cada vez mais escassos. Ideias brilhantes e revolucionárias, daqui alguns anos,
vão deixar de existir. É a Síndrome da Apaticidade do Século XXI que contamina
a população.
É fato, a cada dia que passa nos deparamos
cada vez mais constantemente com a falta de atitude das pessoas. Confesso que
ao esboçar o rascunho desta coluna, foquei na falta de atitude dos jovens,
somada e misturada com a falta de ambição e de compromisso perante a vida,
entretanto, decidi englobar todo mundo, crianças, adolescentes, jovens, adultos
e idosos, porque o negócio está proliferado para todas as faixas etárias.
Vivemos em um mundo altamente
competitivo, estamos expostos diariamente a diversos tipos de pressões: no
trabalho, na vida familiar, pessoal, de consumo, de ser bom, de ser vendável,
de ser aceito. E por momentos acredito que esta exigência total, está obtendo
um efeito contrário, porque ao invés de fomentar as pessoas, isto está
apagando-as, deixando-as cada vez mais inertes frente ao que se tem que fazer.
Em uma palestra sobre Educação Financeira,
ministrada pelo Sr Presidente do Sicredi, José César Wunsh, na Semana Acadêmica
do CESREAL, uma questão levantada pelo também Professor foi: o que eu realmente
quero? Naquele momento egoísta, olhei para mim e pensei em quais são as coisas
que eu ainda quero conquistar e me senti muito feliz naquele momento ao
perceber, que, são muitas as coisas as quais eu quero conquistar, mas que foram
também muitas, as quais eu conquistei. Entretanto, voltei o olhar para tantas
outras pessoas que às vezes possuem mais condições que eu tive, por exemplo, e
que se mantém apáticas frente ao universo de conquistas e oportunidades que se
tem na frente.
Por muitas vezes, questionei qual é a
genialidade dos grandes nomes da nossa atualidade, se comparados aos grandes
filósofos e cientistas de tempos passados. Há remotos tempos atrás, sem
tecnologia digital ou mesmo formas de registros adequadas, revolucionaram
ciência, matemática e as artes, somente com a vontade de descobrir e entender o
porquê das coisas.
Intriga-me a atual situação, onde temos cada
vez mais pessoas conformadas e cada vez menos envolvidas no que estão
inseridas. O que falta? Oportunidade, conhecimento, vontade? Reclamamos quando
vamos a um Restaurante e nos deparamos com uma comida sem sal. Entretanto, no
nosso real cotidiano, jogar pimenta para ver as coisas acontecerem parece mais
difícil do que apenas reclamar. Temperar é desgasta, claro, mas cadê atitude?